Seminário Nacional para estudar os media e a vida A Acção Católica Rural (ACR) quer “fazer um trabalho de desenvolvimento do espírito crítico na abordagem à comunicação social, que não seja nem de medo nem de ingenuidade, mas de oportunidade. Nomeadamente no que às questões da vida diz respeito. Em declarações à Agência Ecclesia, Luís Silva, da Direcção Nacional da ACR, referiu que pelo segundo ano, o Movimento escolhe, para reflexão nacional, questões relacionadas com a vida. No Seminário de formação que decorreu este fim-de-semana, analisaram-se as formas como a vida passa nos media e, a partir dos recursos que as novas tecnologias oferecem, estudaram-se formas de intervenção e formação de opinião pública, porque “o Movimento tem promovido entre os seus militantes uma cultura da utilização da comunicação social, em particular da internet”. Como em todas as acções da Acção Católica, a ACR parte da observação da realidade para depois a analisar e definir estratégias de intervenção. Nas questões da vida também assim acontece. E porque o momento é de debate público a propósito do referendo ao aborto, Luís Silva referiu à Agência ECCLESIA que o Movimento está já a participar “em todo o processo de esclarecimento das consciências”. No Seminário que decorreu em Albergaria foi apresentado o kit “Vidas com Vida”, que disponibiliza recursos para acções de esclarecimento sobre o aborto. Esse será um instrumento a utilizar em “sessões de formação, palestras, criação de panfletos”, que a ACR irá promover ao longo dos próximos meses. A formação proposta neste seminário da ACR desenvolveu-se em três momentos: análise aos desenvolvimentos tecnológicos dos media; ética da vida na comunicação social; e educação de adolescentes e jovens com os meios de comunicação social. Este “R” tem que mudar A Acção Católica Rural (ACR) é um Movimento que segue as metodologias da Acção Católica. Integram-no elementos de todas as idades e de todos os contextos sociais e geográficos. Não se trata, de facto, de uma “Acção Católica Agrária”. Em todo o caso, a denominação “Rural” pode originar ambiguidades. Por isso, Angela Almeida, Presidente Nacional da Acção Católica Nacional, sugere uma mudança naquele “R”. “Este ‘R’ tem que mudar”, referiu. Anteriores segmentações dos Movimentos da Acção católica exigem renovação na forma de propor hoje a metodologia “ver, julgar, agir”. O Movimento está presente em 15 Dioceses portuguesas. No triénio 2004-2007 propõe-se desenvolver a campanha “Sonhar e desenhar o futuro”, a nível económico, social religioso e cultural. Angela Almeida refere que este é um “Movimento exigente, que abrange a missão total na Igreja”. Como na família da actual Presidente Nacional da ACR, pais, filhos e netos percorrem as propostas da acção católica através da ACR. Neste momento, o Movimento procura expandir-se, sobretudo entre os mais novos, o que acontecerá “pelo testemunho de vida de cada elemento”. Para eles acaba de ser editado o guião de formação “sonhar e desenhar um Mundo melhor”.