Açores: Festas do Espírito Santo vão distribuir mais de 20 mil refeições

A alegria do convívio e a partilha são tónicas das festas do Espírito Santo

Ponta Delgada, Açores, 14 mai 2016 (Ecclesia) – Este fim-de-semana as ilhas dos Açores estão em festa em honra do Espírito Santo, uma celebração que encontra “o verdadeiro sentido do cristianismo”.

Com a celebração do domingo de Pentecostes, dia de culto do Espírito Santo, o arquipélago enche-se de festas, com impérios e bodos em todas as ilhas, mas é nas ilhas Terceira e Pico que têm o seu ponto alto e onde se prolongam até terça-feira.

“Estas são as festas do povo que se exprimem na alegria do convívio, na interajuda comunitária, na vivência da irmandade e na abundância dos bens materiais que, partilhados, chegam para todos” sublinha  o padre Marco Martinho numa entrevista ao programa de rádio Igreja Açores.

Entre hoje e o domingo da Trindade, daqui a uma semana, celebram-se mais de 4 dezenas de impérios, nas 19 paróquias da ilha montanha. Durante mais de uma semana, a ilha do Pico, nos Açores, vai estar “rendida” ao Divino Espírito Santo.

O Pico é uma das ilhas do Grupo Central  do arquipélago dos Açores, onde as Festas do Divino Espírito Santo são vividas de uma forma mais intensa. Embora o culto ao Divino Espirito Santo seja uma “marca identitária da açoreanidade”, a verdade é que é no Grupo Central que elas conservam uma vivência mais comunitária.

As 45 irmandades desta ilha trazem à rua o Divino Espírito Santo, vão realizar as suas coroações, procissões e convívios, tendo sempre como mote a partilha.

“Nas festividades deste ano serão oferecidas mais de 20.000 refeições, 15 mil só este fim de semana, numa quantidade equivalente a 10 toneladas de carne e mais de 20 mil pães”, pode ler-se no portal Igreja Açores.

Além das “45 festas e das tradicionais sopas do Espírito Santo serão servidas carne cozida e assada, massa sovada e arroz doce”.

O padre Marco Martinho destaca ainda a questão da “igualdade em que não há distinção de classes nem de pessoas, pois todos são irmãos e aquele que se torna imperador é-o para servir os demais”.

É nestas festas “que encontramos o verdadeiro sentido do cristianismo”, aponta o sacerdote.

Além destas 45 irmandades, que realizam as suas festas nestes dias, há outras seis que promovem a sua festividade noutras alturas do ano, com coroações, sopas e distribuição de rosquilhas.

SN

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