Açores: Diocese e governo regional assinam acordo para reconstrução de quatro igrejas no Faial

Investimento de 8,6 milhões de euros vai concluir a reedificação das igrejas afetadas pelo sismo de 1998

Angra do Heroísmo, Açores, 26 fev 2014 (Ecclesia) – A Diocese de Angra e o governo regional dos Açores assinaram esta terça-feira um contrato no valor de 8,6 milhões de euros para a conclusão da reconstrução das igrejas afetadas pelo sismo de 1998.

O acordo foi assinado pelo secretário regional da Educação e Cultura, Luíz Fagundes Duarte e o Ecónomo da diocese, o padre Adriano Borges que em declarações ao portal da diocese disse “esperar que o processo formal e legal estivesse concluído a tempo de as obras se iniciarem até ao final do primeiro semestre” de 2014.

O contrato prevê que as igrejas dos Flamengos, Pedro Miguel, Salão e Ribeirinha, na ilha do Faial, possam contrair um empréstimo junto da banca, no qual o Governo Regional é responsável por 75% do capital e 100% dos juros nos primeiros dois terços do tempo do empréstimo.

De acordo com o padre Adriano Borges falta agora “encontrar a instituição financeira que vai financiar a obra para depois lançar o concurso da empreitada”.

“Vamos fazer um convite a quatro ou cinco empresas de construção civil regionais que nos deem garantias de que a obra vai ser executada com celeridade e assim, estaremos a contribuir para fortalecer e dinamizar a atividade da construção civil nos Açores”, frisou o responsável financeiro da Diocese de Angra.

Já o secretário regional da Educação e Cultura, Luíz Fagundes Duarte salientou a importância “da recuperação do património religioso edificado, nos Açores”, sendo que a primeira igreja a ser intervencionada é a dos Flamengos.

As verbas visam a “construção e reabilitação das igrejas e estruturas pastorais afetadas pelo sismo de 9 de julho de 1998, nas ilhas do Faial e do Pico”, pode ler-se no acordo ontem assinado.

As quatro igrejas vão ser intervencionadas “de forma faseada”, ao ritmo de “uma igreja de dois em dois anos”, adiantou o Ecónomo da Diocese de Angra, o padre Adriano Borges, explicando que estas “são as últimas que restam por recuperar desde o sismo de 1998”.

Trata-se do terceiro acordo assinado entre ambas as partes desde o terramoto, tendo o primeiro sido acordado após o sismo, em 1999, e o segundo em 2002.

O novo contrato é justificado, pelo executivo açoriano, com o facto de alguns encargos já terem sido “integralmente suportados pelas respetivas paróquias” e com “profundas alterações dos mercados financeiros”.

O Governo Regional dos Açores concluiu que a atualização desta cooperação técnico-financeira visa assim preservar o património edificado religioso “que se reveste de elevado valor cultural, histórico e social para a Região Autónoma dos Açores”, já que se trata de “imóveis classificados como monumento regional”.

MD

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