Açores: Celebrações comunitárias com presença de fiéis regressam em sete ilhas

«Estamos numa fase de responsabilização individual» – D. João Lavrador

Angra do Heroísmo, Açores, 18 mai 2020 (Ecclesia) – A Diocese de Angra vive hoje regresso das celebrações comunitárias da Missa em sete ilhas do arquipélago dos Açores, numa decisão articulada com as autoridades regionais de saúde e as orientações da Conferência Episcopal Portuguesa.

D. João Lavrador, bispo diocesano, pediu este domingo “paciência” e “humildade” para seguir as regras, mas sem “medo”.

“Estamos numa fase de responsabilização individual”, assinalou durante a Missa a que presidiu na Catedral de Angra, com transmissão online.

“Faço um apelo: agora é o tempo de deixarmos o medo”, acrescentou.

O bispo de Angra desafiou as comunidades católicas a responder com “criatividade”, perante o novo desafio que esta fase de desconfinamento representa, com o regresso progressivo das celebrações.

D. João Lavrador pediu ainda um “sentido de ajuda e de generosidade” para estar ao lado de quem mais sofre com a atual crise.

A partir de hoje regressam as celebrações com fiéis nas igrejas nas Ilhas das Flores, Corvo, Santa Maria, Pico Faial, S. Jorge e Terceira; no próximo dia 31, “abrirão ao culto as igrejas nas Ilhas de Graciosa e S. Miguel, devendo celebrar-se as missas vespertinas ou vigília na véspera”, explicou D. João Lavrador, numa carta ao clero açoriano.

“Pede-se a compreensão para esta diferenciação, já que as situações de saúde pública também são diferentes”, refere o prelado sobre as medidas de precaução em relação à pandemia de Covid-19.

A Diocese de Angra informa que, a partir de hoje, as celebrações litúrgicas devem obedecer a vários requisitos, como garantir o distanciamento das pessoas; ausência de água benta à entrada das portas das igrejas; disponibilidade de todos os espaços possíveis (sacristias, coro alto, salas anexas…) para que os fiéis se distribuam para manter o distanciamento, salvo se forem da mesma família já a coabitar em casa.

“Recomenda-se a lotação máxima de 2/3 da capacidade do templo, espaçamento de 2 metros; de modo a que não haja contactos pessoais de um banco a outro”, indica D. João Lavrador.

Na carta, o bispo de Angra sublinha a exigência de “responsabilidade pessoal e comunitária” neste tempo de desconfinamento “de modo a não se infetar a si mesmo e nem infetar os outros”, sendo obrigatório o uso da máscara, que só deve ser retirada no momento da Comunhão, na mão; durante a Missa é suprimido o abraço da paz.

O responsável católico pediu também aos sacerdotes e aos leigos que cumpram as regras da Direção Regional de Saúde, num tempo que continua a ser “de máxima exigência e de responsabilização de todos e cada um”.

“Procuremos ajudar o Povo de Deus a retomar progressivamente a sua vida religiosa e social mas com as devidas precauções”, acrescentou D. João Lavrador que alerta para as consequências futuras da pandemia “no desemprego e na pobreza, senão mesmo fome”.

“Peço a cada pároco que junto da sua comunidade cristã promova ainda mais a partilha fraterna e ausculte as necessidades existentes e as encaminhe para as instituições que lhe podem responder”, acrescentou D. João Lavrador, divulga o portal diocesano ‘Igreja Açores’.

CB/OC

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