Açores: Bispo refere que «visão harmoniosa e global do ser humano» da Igreja deve fazer parte do sistema educativo

D. João Lavrador presidiu à Eucaristia do Jubileu dos Catequistas

Angra do Heroísmo, Açores, 24 out 2016 (Ecclesia) – O bispo de Angra disse que o sistema educativo “não pode” prescindir da “visão harmoniosa e global do ser humano” que a Igreja desenvolve “por missão divina”, este domingo na Eucaristia na catedral.

“Exige-se o despertar de todos os intervenientes com responsabilidade prioritária na educação, a família, a própria pessoa, as comunidades, onde se inclui a Igreja, e o Estado com poder supletivo”, explicou D. João Lavrador, em intervenção divulgada hoje pelo portal diocesano ‘Igreja Açores’.

No âmbito da Semana Nacional de Educação Cristã, que a Igreja Católica em Portugal celebra até 30 de outubro, o prelado alertou para uma cultura “que se apropria da educação” para interesses particulares e de grupo “esvaziando-a da sua mais sublime missão que é construir a pessoa na sua integralidade e na sua transcendência”.

D. João Lavrador denunciou também uma sociedade que “ideologiza a educação” tornando a pessoa humana “objeto de interesses políticos e económicos, cerceando-lhe a sua plena identidade e realização e transformando-a em número de contabilidade social”.

“Educar é formar para a liberdade autêntica que só se poderá possuir através da busca árdua da verdade, do empenho afincado na comunhão e no amor, na descoberta da beleza e do bem”, assinalou o bispo de Angra.

D. João Lavrador recordou também o “essencial” da Nota Pastoral «Educar – propor caminho para uma vida plena», da Comissão Episcopal da Educação Cristã, para a semana nacional que começou na sexta 21 de outubro, como “a urgência de promover uma educação que seja integral”, que “promova o desenvolvimento harmonioso das pessoas”.

“Toda a educação deve integrar a pessoa numa comunidade e deve ser promotora de fraternidade. Mas dada a fragilidade humana, sem a intervenção de Jesus Cristo que se aproxima de cada pessoa, são muitos os obstáculos que se colocam à verdadeira fraternidade e à valorização comunitária”, desenvolveu.

Para o bispo diocesano, a resposta ao mundo em guerra “só poderá vir da comunhão vivida e convivida na fraternidade”.

Antes de começar a Missa os participantes passaram pela Porta Santa da Sé de Angra e a na celebração que coincidiu com o Dia Mundial das Missões, o bispo diocesano destacou que a missão “é essencial na vida do cristão e da comunidade cristã”, sendo “a causa fundamental da evangelização”.

Segundo o sítio de informação diocesano ‘Igreja Açores’, o Jubileu dos Catequistas da ilha Terceira reuniu também jovens de todas as zonas pastorais da ilha que apresentaram trabalhos sobre a Misericórdia, desenvolvidos ao longo do último ano pastoral.

CB

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