Açores: Bispo de Angra pede «diálogo colaborador entre a Igreja e sociedade civil» para defesa do património

D. Armando Esteves Domingues presidiu ao arranque das celebrações dos 500 anos do Convento de São Francisco, em Ponta Delgada

Ponta Delgada, Açores, 18 mar 2024 (Ecclesia) – O bispo de Angra pediu este domingo, na Igreja de São José, em Ponta Delgada (Açores), um “diálogo colaborador entre a Igreja e sociedade civil” na defesa e salvaguarda do património.

“O facto de o património da Igreja ser tantas vezes o património da humanidade, das culturas, dos povos, das regiões, de irmandades e associações, pede que se procurem formas de cooperação para defesa e valorização do mesmo. O diálogo entre a Igreja e a sociedade civil quer-se sempre ativo e não se compadece de obstáculos ou questões administrativas que bloqueiem decisões”, afirmou D. Armando Esteves Domingues, segundo o portal ‘Igreja Açores’.

O bispo presidiu ao arranque das comemorações dos 500 anos do Convento de São Francisco que se prolongam até ao final de 2025 e se inserem na celebração do 500ºaniversário da Diocese de Angra, em 2034.

“Frequentemente o melhor património da Igreja é também, em boa parte formado pelo património de cada cultura, de cada povo, de cada região. Não admira, por isso, que seja um encontro profundo entre a inspiração religiosa e a inspiração estética como facilmente se verifica no domínio das artes plásticas, da música, da arquitetura ou até nas obras literárias, que manifestam a cumplicidade que existe entre o esplendor e a beleza da arte e as expressões da fé”, referiu o bispo.

Na celebração, D. Armando Esteves Domingues destacou que além da valorização do património, é necessário que “ele fale” para que se transforme numa “nova forma de evangelização” e os lugares onde ele se encontra presente “possam ser novas salas de catequese”.

“Não basta saber a data ou o autor de uma obra de arte; sem proselitismo a verdade do património encerra uma verdade de fé que devemos ser capazes de mostrar e que o turista poderá sempre levar consigo”, defendeu.

[O património] não é apenas uma peça de museu, tem de nos falar”

D. Armando Esteves Domingues manifestou alegria por saber que estas celebrações “são abraçadas pelo Governo, autarquias e demais entidades”, apelando para que nunca se desligue o património de Jesus.

“Fazer memória do património é fazer com que ele perdure e nós temos o maior património de todos que é Jesus Cristo”, referiu.

A celebração assinalou a Solenidade de São José, padroeiro da paróquia, que é celebrada a 19 de março, Dia do Pai.

LJ/PR

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