Acolher a morte com dignidade

Maior Centro de Acolhimento de Cuidados Continuados no Minho «não é resposta à eutanásia», mas de sentido de vida O Centro de Acolhimento de Cuidados Continuados da Fundação «Domus Fraternitas», cuja primeira pedra foi lançada esta Quarta-feira, em Braga, “não é uma resposta à eutanásia”, mas uma “resposta de acolhimento, de dar um sentido da vida, acolhendo a morte com dignidade”, explica à Agência ECCLESIA, o Frei José Pereira das Neves, Presidente da Fundação. 58 camas que vêm dar resposta a pessoas que, após internamento, precisam de acompanhamento de maior ou menor duração “e não têm condições familiares ou monetárias para os cuidados que necessitam”. O Frei José Nunes foca também a necessidade dos cuidados paliativos, “uma atenção sem termo”. O Centro de acolhimento, terá o nome de «O Poverello», palavra italiana que significa «pobrezinho» e está ligada à própria pessoa de São Francisco de Assis. A inauguração está prevista para 2011, com 24 camas para cuidados de curta duração, 24 camas para cuidados de longa duração e 10 camas para cuidados paliativos. Esta é uma resposta sonhada há 15 anos atrás, com as atenções sociais centradas no problema dos doentes com HIV/Sida, com a Igreja a sofrer “um forte reparo porque não apresentava respostas nesta área”. O Presidente da Fundação explica que o sonho original mantém-se “mas as problemáticas são novas”. A missão original do futuro Centro de Acolhimento ganha agora “respostas mais amplas”. Este Centro integra a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados. O Frei José Nunes explícita que as cerca de 5000 camas existentes no nosso país são claramente “insuficientes para as necessidades actuais”, daí que, apesar de esta ser “uma gota de água na sociedade face às necessidade portuguesas e, em especial, o Norte tem”, não deixa de ter uma “importância excepcional pela carência que existe na área dos cuidados continuados nas três dimensões: curta duração, longa duração e cuidados paliativos”. Em 2003, a instituição Domus Fraternitas abriu uma casa para acolhimento de toxicodependentes, “sempre na dimensão de ajuda aos desfavorecidos e carenciados”. Até 2001, o Presidente da Fundação Domus Fraternitas afirma que “trabalhamos com o que já temos”, ou seja, a primeira valência, a comunidade terapêutica em Celeirós, Braga. Este projecto está avaliado em 3,5 milhões de euros. A construção do equipamento conta com uma comparticipação estatal de 750 mil euros, no quadro de um protocolo com os ministérios da Saúde e da Segurança Social que garante a sustentabilidade da unidade.

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