Faro, 21 jun 2014 (Ecclesia) – D. Manuel Quintas pediu aos empresários e gestores católicos no Algarve para desenvolverem um trabalho ao serviço do maior conhecimento da “Doutrina Social da Igreja” e dos valores evangélicos.
“Só valores como estes é que podem ser aquele acrescento que leva a não desistir nem desanimar diante das dificuldades”, afirmou o bispo do Algarve durante um jantar-palestra organizado pelo núcleo do Algarve da Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE), onde foi dado a conhecer o testemunho de Alexandra Machado, antiga responsável ibérica de uma empresa desportiva, em Portugal, que deixou as suas funções para fundar uma ONG de apoio a raparigas adolescentes em Moçambique.
A responsável pelo projeto «Girl Move» incentivou os presentes a descobrir qual a melhor forma de lutar contra a pobreza e a economia de exclusão.
“Escutar mais e estar muito mais atento àquilo que os outros precisam, deixarmos de estar focados em nós próprios para estarmos focados em quem connosco trabalha” foram caminhos apontados por Alexandra Machado aos 33 presentes.
A opção profissional que a responsável tomou foi apresentada como a “mais rica experiência” em 24 anos de trabalho.
“Pela exigência, pelo desconforto, pela perplexidade do que existe e pelas situações de sofrimento provocado pela pobreza e pela ameaça constante à dignidade humana que tenho visto, mas também, e sobretudo, pelo sorriso que se vê sempre estampado naqueles que mais sofrem e por uma «luz» que ilumina a quem mais precisa”, destacou.
De acordo com o jornal Folha de Domingo, D. Manuel Quintas lembrou o trabalho da ACEGE, “constituída por homens e mulheres que partilham entre si os valores cristãos e que procuram aplicá-los na sua vida pessoal e profissional, assumindo e acolhendo estes valores como decisivos em contribuir para que o mundo progrida no caminho do bem”.
O prelado desafiou os membros da associação, cuja “ação faz bem a muita gente”, a ser “sal e luz” na sociedade, particularmente no mundo empresarial em que disse existir “tanta luta”, de modo especial em “tempos difíceis” que o país tem atravessado.
FD/LS