A paz exige Estado Israelita e Estado Palestino

Novo Embaixador de Israel no Vaticano João Paulo II considera que o conflito entre israelitas e palestinos poderá ser superado quando houver dois Estados independentes, soberanos e seguros. Isso mesmo explicou novo embaixador de Israel na Santa Sé, Oded Ben-Hur ao receber, ontem, as respectivas cartas credenciais. Uma hora depois, o Papa recebeu em audiência o secretário de Estado norte-americano Colin Powell, na qual ambos alentaram a aplicação do «plano de rota road map», patrocinado por Estados Unidos, a União Europeia, Rússia e a ONU, e que tem, entre outros objectivos, a declaração da soberania do Estado palestino. Luta contra o terrorismo Em seu encontro com o novo embaixador israelita, João Paulo II discorreu sobre o conflito na Terra Santa afirmando, em um primeiro lugar, que «é indubitável que os povos e as nações tenham o direito intrínseco de viver com segurança». «Este direito, no entanto – declarou -, guarda um dever correspondente: respeitar o direito dos demais». «Por isso, como a violência e o terror não podem ser nunca meios aceitáveis de afirmação política, tampouco a vingança nunca levou a uma paz justa e duradoura». «As acções terroristas devem ser condenadas sempre como autênticos crimes contra a humanidade. Todos os Estados têm o direito inegável de defender-se do terrorismo, mas este direito deve exercer-se sempre respeitando os limites morais e legais tanto em seus fins como em seus meios», insistiu. Dois Estados Depois, o Papa assegurou que «a Santa Sé está convencida de que o conflito actual será resolvido unicamente quando houver dois estados independentes e soberanos». «Dois povos, israelita e palestino, estão chamados a viver ao lado um do outro, igualmente livres e soberanos, respeitando-se mutuamente», afirmou. O Papa reconheceu que este objectivo requer submeter os pontos mais espinhosos do processo de paz a «um diálogo aberto e a uma negociação sincera». «De maneira alguma deve-se tomar uma decisão de forma unilateral», afirmou. Pelo contrário, «o respeito, o entendimento mútuo e a solidariedade exigem que o caminho do diálogo nunca seja abandonado. Nenhum fracasso real ou aparente deve levar ao desalento os responsáveis pelo diálogo e negociação». Igreja católica – Estado israelita Israel e a Santa Sé começaram relações diplomáticas há dez anos, após a assinatura do Acordo Fundamental, que fundamentou as bases para as relações entre Igreja Católica e Estado Israelita. Actualmente, como reconheceu João Paulo II no seu encontro com o Embaixador, está a concluir-se um acordo relativo às questões fiscais e económicas das instituições católicas em Israel. O Santo Padre considerou que este clima de confiança pode levar a solucionar os problemas dos cristãos na Terra Santa, «como o acesso aos santuários cristãos e aos santos lugares, como também o isolamento e o sofrimento das comunidades cristãs».

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