A Igreja não procura privilégios ou poder

“A Igreja não tem ambições de poder nem procura privilégios ou aspira a posições de vantagem económica ou social. O seu papel é servir o homem, inspirada pela palavra e pelo exemplo de Jesus Cristo”, afirmou Bento XVI, esta manhã numa audiência onde recebeu o novo embaixador italiano da Santa Sé, Antonio Zanardi Landi, para a apresentação das suas cartas credenciais. O Papa afirmou que a “Igreja quer desenvolver a sua missão para o bem não só dos fiéis, mas de todos os italianos”. Recordando o discurso em Verona, afirmou ainda que que a igreja “não é nem quer ser um agente político”. Bento XVI manifestou o seu desejo de que “o povo italiano, fiel aos princípios que inspiraram o seu caminho no passado, saiba também neste tempo, marcado por profundas mutações, continuar e avançar no caminho do autêntico progresso”. A Igreja católica vai continuar, à semelhança do passado, a “oferecer à sociedade civil, o seu apoio, promovendo e elevando o que é verdadeiro, bom e belo, iluminando todos os sectores da actividade humana através dos meios do Evangelho, procurando o bem de todos, segundo a diversidade do tempo e da situação”. O Papa recordou o princípio do Concílio do Vaticano II que enuncia a independência e autonomia da comunidade política e da Igreja. “As duas, são um serviço à vocação social e pessoal da pessoa humana”. Princípios que, apresentados também na Constituição da República italiana, fundam “a relação entre a Santa Sé e o Estado italiano”. Bento XVI manifestou que o desejo de colaboração possa contribuir para cuidar da herança cultural e espiritual, parte integrante da história, mas que possa também estimular a encontrar novas vias para enfrentar os desafios da época pós moderna”. A defesa da vida humana em todas as suas fases, a tutela de todos os direitos da pessoa e da família, a construção de um mundo solidário, o respeito pelo que foi criado, o diálogo inter cultural e inter religioso”. Recordando o 60º aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem, que será assinalada em 2008, o Papa concluiu que a Itália, enquanto membro recentemente eleito do Conselho para os Direitos Humanos e também pela sua “generosidade e tradição humana, não pode deixar de se envolver na construção da paz, da defesa da vida e de todos os direitos, onde se inclui a liberdade religiosa”.

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