A Igreja foi pioneira nas questões da Imigração em Portugal

Primeiro-ministro e Alto Comissário para a Imigração assinalam o empenho das organizações católicas. Patriarca de Lisboa assegura que o reconhecimento é justo O Primeiro-ministro português, Durão Barroso, reconheceu na manhã de hoje, o importante trabalho das “organizações ligadas à Igreja Católica” na integração e acolhimento dos imigrantes. Esta declaração foi efectuada durante a inauguração do “Centro Nacional de Apoio ao Imigrante”, em Lisboa, uma obra da responsabilidade do Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas (ACIME). O Alto comissário, Pe. Vaz Pinto, defendeu uma posição semelhante, ao discursar na sessão solene que marcou este acontecimento, referindo que “na nossa colaboração com a sociedade civil, avulta o papel da Igreja Católica”. D. José Policarpo, Cardeal Patriarca de Lisboa, referiu aos jornalistas que este reconhecimento “é justo, na medida em que, enquanto não foi possível avançar com uma estrutura da importância desta que temos aqui, as comunidades cristãs estiveram na primeira linha do apoio aos imigrantes”. Portugal, como outros países da União Europeia, assistiu nos últimos anos a um crescimento acentuado do número de imigrantes. Até 1980, a imigração nunca atingiu valores superiores a 50.000 residentes. Entre 1986 e 1997 o número de estrangeiros duplicou passando de 87.000 para 175.000. Na década de 1990 a 2000 a imigração voltou a duplicar, voltando a acontecer o mesmo em apenas dois anos (2000 a 2002) quando atingiu os 400.000 imigrantes em situação legal. “Quando começou este esforço em relação à imigração, um fenómeno que aconteceu num espaço curto de tempo, começámos, nas comunidades cristãs, a tentar fazer um acolhimento em dois sentidos: a integração religiosa, que passou pela constituição de capelanias com padres dos países de origem, e a constituição de uma série de centros com serviços para os imigrantes,”, vincou D. José Policarpo, respondendo à Agência ECCLESIA. Questionado sobre as críticas à acção governamental nesta área, presentes no documento “Há lugar para todos neste Natal?” que o Colectivo de Organizações Católicas para a Imigração publicou, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) revelou que o Secretariado Permanente da CEP recebeu, oficialmente, os representantes dessas organizações, “para um diálogo proveitoso”. “A minha posição pessoal, como Bispo de Lisboa e presidente da CEP, é que nós devemos dar um espaço mínimo a uma dialéctica verbal e dar prioridade à nossa capacidade de resolver situações como o desemprego e a marginalidade”, acrescentou. Notícias relacionadas • Organizações Católicas ligadas à imigração contestam atitude do Governo

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top