A Diocese das Forças Armadas e das Forças de Segurança e as Jornadas Mundiais da Juventude

Ricardo Barbosa, Diocese das Forças Armadas e das Forças de Segurança

Um caminho na missão

As Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) são um acontecimento único para Portugal, para os portugueses, mas sem dúvida alguma para a Igreja em Portugal.

Consciente deste grande evento, o Ordinariato Castrense, desde a primeira hora, empenhou-se decisivamente na preparação do evento em Lisboa, mas sobretudo nas etapas de preparação. Todas elas eram já as Jornadas, porque tudo quanto será feito de 1 a 6 de agosto será importantíssimo, mas jamais poderemos desvalorizar todo um caminho realizado, cujos frutos estão já a se manifestar.

A Diocese das Forças Armadas e das Forças de Segurança elaborou um plano pastoral focado na temática das JMJ: “Maria levantou-se e partiu apressadamente” (Lc 1, 39). Também nós nos levantámos, movidos pelo mesmo desejo de Maria de ir ao encontro de cada militar e civil que serve as nossas Forças Armadas, (Exército, Marinha e Força Aérea) e as nossas Forças de Segurança [Guarda Nacional Republicana (GNR) e Polícia de Segurança Publica (PSP)]. Com eles podemos fazer um caminho ao longo de dois anos, com encontros, reflexões, celebrações, sacramentos, visitas e dinâmicas apropriadas às diversas realidades, a fim de levarmos a alegre notícia do Evangelho e preparar o encontro com os jovens, vindos do mundo inteiro, com o Papa, mas antes disso, proporcionando um encontro com Jesus Cristo, os seus ensinamentos e mandamentos. Um caminho espiritual com o empenho e dedicação do Bispo desta Diocese, dos seus colaboradores mais próximos, e dos dedicados capelães que servem Portugal nesta Diocese.

Salientamos, como acontecimento cimeiro, a peregrinação dos Símbolos das JMJ pelo nosso país. Aí pudemos perceber que de facto os nossos militares, policias e civis respondem afirmativamente à missão de defesa e segurança de Portugal e dos portugueses, mas também eles, como Maria, levantaram-se, e apressadamente receberam, de braços abertos e coração disponível, estes símbolos e o que eles significam.

Mas a missão da Diocese não se ficou por aí. Em permanente diálogo e colaboração com os diversos órgãos da hierarquia militar e policial, foram diagnosticadas as mais diversas necessidades ao longo deste tempo, desde a anunciação das JMJ em Portugal, procurando suprimir, com os recursos existentes, todas as solicitações feitas. Bem assim, que antevendo as possíveis necessidades para o evento em agosto, atempadamente, foi feito um levantamento de tudo aquilo que se pode tornar útil e necessário para as JMJ como alojamento, tendas, infra-estruturas, colchões, meios físicos e humanos, servindo assim para o cumprimento das JMJ.

Nas pré-Jornadas e nos dias nas Dioceses, a GNR e a PSP terão os seus efectivos amplamente empenhados na segurança de todos os portugueses e visitantes que estarão no nosso país. No evento de 1 a 6 de agosto milhares de militares da GNR e polícias da PSP estarão indubitavelmente empenhados na segurança. Todavia, estarão numa dupla missão: de serviço aos cidadãos e estrangeiros e ao mesmo tempo de peregrinos, participando e cumprindo a sua missão. A eles, o nosso muito obrigado pela sua prontidão. Nesta postura, reflectem a mesma atitude de Maria, Mãe de Jesus.

A Força Aérea (FA), além da segurança e defesa aérea do nosso país, estarão muito empenhados nos diversos eventos, no alojamento, no apoio aos peregrinos, no apoio à organização das JMJ, e salientar a que será mais visível, como seja a recepção, a ocorrer no aeroporto da FA, e o transporte do Santo Padre na sua ida até Fátima e regresso a Lisboa.

O Exército, com maior implementação territorial, terá peregrinos acolhidos em quase todos os seus quartéis nos dias que antecedem as JMJ, disponibilizará meios terrestes e humanos no apoio aos eventos e peregrinos, mobilizará os seus meios sanitários, construirá infra-estruturas, dando assim cumprimento cabal a tudo quanto estiver ao seu alcance. Em agosto, acolherá nos seus quartéis em Lisboa todos quantos forem mobilizados das Forças de Segurança e nos que a esse fim não se destinarem recebrão peregrinos.

A Marinha continuará a sua missão de defesa marítima, acolherá os militares internacionais nas suas instalações no Alfeite, bem como a outros peregrinos que ali ficarão alojados, disponibilizará meios humanos e físicos, assim como já o fez ao longo do último ano com a formação dos voluntários na Escola de Fuzileiros, no Barreiro.

Por mar, por terra ou no ar, os membros da Instituição Castrense estiveram, estão e estarão, no cumprimento do seu dever, sempre prontos a levantar-se e a partir apressadamente ao encontro de todas as necessidades, respondendo com prontidão a todas as solicitações. Assim se cumpre a missão das Forças Armadas e das Forças de Segurança a quem servimos nesta Diocese Castrense.

A todos queremos agradecer. A Diocese das Forças e Armadas e Forças de Segurança, no seu Bispo e nos seus capelães, tem a certeza do empenhamento, dedicação, disponibilidade e espírito de serviço que caracterizam os militares, polícias e civis que estão sob o cuidado espiritual e pastoral desta Diocese. Estamos convictos de que na missão das Forças Armadas e nas Forças de Segurança se cumpre o lema das JMJ.

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Agência ECCLESIA

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