A credibilidade do projecto educativo católico

Assembleia Geral da APEC avaliou o ano e programou as próximas actividades. A Associação Portuguesa de Escolas Católicas (APEC) reuniu-se em Assembleia Geral ontem (14 de Julho) para avaliar as actividades realizadas ao longo do ano e programar o próximo ano lectivo. Ao olhar para o ano anterior, Acácio Lopes, membro da direcção do Externato de Penafirme, Escola que preside à direcção da APEC, disse à Agência ECCLESIA que o ano foi “muito positivo tanto a nível de formação de professores, de pais e alunos”. A actividade de maior fôlego – terminou na semana passada – foi o segundo curso de formação de directores de escolas católicas em colaboração com a Universidade Católica Portuguesa (UCP). Não estava na programação deste ano mas a Comissão Episcopal da Educação Cristã – através do sector da Escola Católica que tem como responsável o bispo de Aveiro – encetou-se “um grupo de reflexão para abordarmos estas questões” – salientou. No próximo mês de Janeiro – a realizar em Lisboa – far-se-á um Fórum da Escola Católica para envolver uma reflexão sobre todas as Escolas Católicas “numa perspectiva de Antropologia Cristã” e “na credibilidade do projecto educativo católico” – disse Acácio Lopes. As escolas católicas portuguesas encontram dificuldade em concretizar o seu projecto educativo devido à falta de liberdade que lhe é imposta pelo sistema educativo em curso. Esta é uma questão que tem vindo a afectar os estabelecimentos de ensino católicos em Portugal que, “por um conjunto de exigências logísticas e de restrições”, “sufoca e abafa a possibilidade de poder exercer, verdadeiramente a educação”, explicou à Agência ECCLESIA, Madalena Fontoura, da direcção da Escola de São Tomás, na diocese de Lisboa. A falta de liberdade é assim apontada por esta responsável como “a grande dificuldade” das escolas católicas, um problema que se traduz também na “falta de subsídio e de apoio do Estado às escolas privadas, restringindo a possibilidade de pais com dificuldade financeiras poderem aceder a essas escolas” – sublinhou. Ao programarem actividades futuras, os membros da Assembleia Geral apostaram num esquema a longo prazo. Depois do Fórum – passados três anos do I Congresso da Escola Católica – “resolvemos realizar de três em três anos um Fórum ou um congresso da Escola Católica” – frisou este membro da direcção do Externato de Penafirme. Para além desta iniciativa, esta equipa resolveu realizar – de dois em dois anos – um Fórum Estudante do Ensino Católico. “Colocarmos os alunos mais velhos a debater esta problemática do projecto educativo” – referiu Acácio Lopes. Na Assembleia Geral da APEC ficou também decidido que haverá encontros de formação de professores de Escolas Católicas. “Vamos abandonar a formação de carácter mais vulgar e levar os professores que se identificam com o projecto mais cristão a debaterem os aspectos da intencionalidade da antropologia cristã”. E conclui: “só vale a pena apostar na Escola Católica se esta se afirmar como Escola Católica” Notícias relacionadas • Escolas católicas procuram lugar na Educação

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