A cooperação como forma concreta de agir

“Depois deste encontro admito que a cooperação deixe de ser uma palavra vaga e passe a ser uma forma concreta de agir” – afirmou à Agência ECCLESIA o Pe. José Maia, Presidente do Conselho de Administração da Fundação Evangelização e Culturas (FEC) no final do segundo dia de trabalhos do VII Encontro das Igrejas Lusófonas, a decorrer em Fátima de 10 a 14 de Outubro. Os representantes dos 9 países que falam a língua de Camões – “estamos a falar de 226 milhões de pessoas” – pretendem fazer um debate sobre as diversas formas de cooperação e desenvolvimento dos povos fundamentadas no «Amor como fonte de desenvolvimento». “Qual é a fonte de legitimação da Igreja para estar neste combate a favor do desenvolvimento?” – perguntou o Pe. José Maia. A Igreja está no terreno mas também “interessa saber o papel do Estado nesta área”. E acrescenta: “mais do que fazer pedidos vamos é conhecer as expressões e as formas de cooperação que cada um pode dar”. Utilizando uma expressão popular – «A lâmpada foi feita não para ser olhada mas para iluminar» – o presidente do Conselho de Administração da FEC realça que “mais do que o protagonismo de quem faz, importa o pragmatismo do que é ou não é feito”. “Temos de olhar para os cidadãos e ver o que eles precisam” – disse. A Igreja portuguesa e o Estado Português têm uma “responsabilidade histórica acrescida em relação àqueles povos” por isso “temos de encontrar pontos comuns de cooperação”. Neste sentido, a língua portuguesa “deve ser vista como elo de coesão” – sublinhou o Pe. José Maia. No segundo semestre do próximo ano, Portugal assumirá a presidência da União Europeia. Durante o mandato haverá uma reunião da Europa com os países africanos por isso, no final deste encontro, “iremos apresentar um conjunto de recomendações para que a União Europeia possa dar apoio aos países lusófonos”. E conclui: “estamos a lidar com países independentes mas com povos que continuam dependentes”.

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