A Acção Católica não está em crise

Debate na Fundação João XXIII, em Ribamar da Lourinhã, no 35º aniversário da inauguração da Casa do Oeste

“A Acção Católica não está em crise…” A afirmação foi proferida por António Matos Ferreira, Professor da Universidade Católica e estudioso destes Movimentos da Igreja, numa Conferência que decorreu no dia 24 de Maio na Fundação João XXIII – Casa do Oeste subordinada ao tema: “O enquadramento dos Movimentos da Acção Católica e a sua actualidade no novo contexto social e eclesial”.

Mais de uma centena de pessoas, antigos e actuais elementos dos Movimentos Rurais da Acção Católica, tiveram oportunidade de ouvir o professor de História na Universidade Católica Portuguesa referir que o método utilizado pela Acção Católica e criado pelo seu grande inspirador Joseph Cardijn – ver, julgar e agir – continua hoje com plena actualidade e é um instrumento de trabalho científico utilizado pelos agentes sociais que não se limitam a olhar o mundo à sua volta, mas o pretendem transformar. 

“O mundo e nós mudámos radicalmente, disse Matos Ferreira, não somos os mesmos das décadas anteriores, das décadas em que a Acção Católica teve grande visibilidade. Hoje há novas realidades que exigem novas respostas. E Acção Católica dá resposta ás realidades. Por isso, hoje a forma da Acção Católica estar presente também é diferente. Isto não é crise, ser diferente!” A matriz inicial permanece: um movimento de leigos que questionam a sociedade e encontram as melhores soluções á luz do Evangelho de Jesus Cristo…”.

A Fundação João XXIII, sediada em Ribamar da Lourinhã, assinalou assim o 35º aniversário da inauguração da Casa do Oeste. Uma obra sonhada e construída pelos Movimentos Rurais da Acção Católica para colónias de férias, retiros, acções de formação e que tem vindo a afirmar-se no Oeste pelo seu trabalho em prol do desenvolvimento das populações locais e como Espaço de Encontro de muitos que, ao longo dos tempos, têm vindo a ser envolvidos na dinâmica da Acção Católica.

Numa Sessão de Homenagem, que decorreu da parte da tarde, recordámos todos os homens e mulheres, muitos deles presentes, entre os quais o Pe José Serrazina,  que nas ultimas 4/5 décadas estiveram na linha da frente, num  trabalho de dedicação e generosidade, ao serviço do despertar das consciências para os valores humanos e cristãos, do desenvolvimento das pessoas, num papel actuante e denunciante das injustiças e na transformação do meio envolvente.

O encerramento da Festa da Casa do Oeste aconteceu com a celebração de uma Missa presidida por D. Anacleto Oliveira, bispo auxiliar do Patriarcado para a Zona Pastoral do Oeste, que benzeu a 1ª pedra das obras de ampliação da Casa do Oeste.

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