Terra Santa: Famílias carentes de Belém produzem mais de um milhão de terços para JMJ 2019

81 milhões de contas e 750 km de fio dão vida ao projeto «AveJMJ»

Cidade do Vaticano, 22 fev 2018 (Ecclesia) – Famílias carentes em Belém, na Terra Santa, estão empenhados no projeto ‘AveJMJ’ que pretende oferecer um milhão e quinhentos mil terços aos jovens da Jornada Mundial da Juventude no Panamá, entre 22 e 27 de janeiro de 2019.

O objetivo do projeto é incentivar os jovens a rezar pela paz no mundo, sobretudo, em Jerusalém e no Médio Oriente, numa resposta aos apelos do Papa Francisco.

Em números o projeto ‘AveJMJ’ envolve 800 pessoas, um milhão e meio de pequenas cruzes de madeira, 81 milhões de contas e 750 quilómetros de fio elástico e conta com a colaboração da Caritas Jerusalém.

Nos dois lados da cruz vão ser gravadas a laser as palavras “Belém” e “JMJ 2019”.

A iniciativa partiu de produzir na Terra Santa partiu do bispo emérito de Reiquejavique, na Islândia, D. Pierre Burcher, que explicou a origem do nome do projeto ‘AveJMJ’: “Ave” da oração mariana Ave-Maria que é rezada nos mistérios do Terço e “JMJ” que para além de Jornada Mundial da Juventude é os nomes de Jesus, Maria e José.

Os terços que estão a ser produzidos por famílias carentes de Belém, na Terra Santa, devem ficar prontos até mês de outubro para serem enviados do Porto de Ashdod, em Israel, para a cidade do Panamá que acolhe a JMJ 2019 entre 22 e 27 de janeiro.

Atualmente, a produção está a ser feita em 11 oficinas artesanais entre Beit Sahour, Beit Jala e Belém que estão trabalhando na elaboração dos terços, feitos com madeira de oliveira.

Um projeto que está a ajudar também a economia local, como realça o artesão Ibrahim Khalil Farhan porque trabalhar a madeira de oliveira “é essencial em Belém” e havia o risco de extinção mas com este projeto estão a “reabrir fábricas”.

Já Carmen Arabeh refere que produziu 2220 rosários numa semana e já se estão a preparar “para fazer mais”: “Estamos muito contentes que o nosso trabalho chegue às pessoas e aos jovens de todo o mundo no Panamá.”

Na JMJ de Cracóvia, em 2016, por exemplo, foram distribuídos um milhão e quinhentos mil de livros ‘Amar é doar tudo’, escrito pelo Ano da Vida Consagrada por Daniel Pittet.

O escritor suíço disse que foi o Papa Francisco, numa conversa sobre o livro, que incentivou a que os jovens que vão participar na JMJ 2019 fossem convidados a rezar o Terço pela Paz.

O bispo emérito de Reiquejavique, depois de falar com o arcebispo de Cidade do Panamá, sugeriu que cada participante receba três terços: um para si, outro para dar de presente a quem encontrar no Panamá, e outro para levar para oferecer a alguém no seu país.

Na mensagem para a 33.ª Jornada Mundial da Juventude que este ano tem um âmbito diocesano (25 de março), o Papa Francisco convidou os jovens a preparar-se a edição internacional do encontro mundial de jovens no próximo ano com “a alegria e o entusiasmo de quem deseja fazer parte duma grande aventura”.

“A JMJ é para os corajosos! Não para jovens que procuram apenas a comodidade, recuando à vista das dificuldades. Aceitais o desafio?”, escreveu, no documento divulgado hoje pela Santa Sé.

CB/OC

 

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Agência ECCLESIA

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