Publicações: Obra «Portugal Católico» quer ajudar a «repensar a Igreja no próximo século»

Lançamento marcado para esta terça-feira, com a presença de Marcelo Rebelo de Sousa e D. Manuel Clemente

Lisboa, 20 nov 2017 (Ecclesia) – O livro ‘Portugal Católico. A beleza na diversidade’, que reúne 204 textos sobre a realidade eclesial no país, vai ser lançado esta terça-feira com a presença do presidente da República Portuguesa e o cardeal-patriarca, pelas 18h00, na Aula Magna da Universidade de Lisboa.

“É muito mais uma obra virada para o futuro porque nos compromete, porque nos faz repensar, tudo o que fomos capazes de fazer até agora e porque não fomos capazes de fazer melhor”, disse Eugénia Magalhães, da equipa coordenadora da publicação, em declarações à Agência ECCLESIA.

A entrevistada destaca que os católicos são pessoas “inconformadas”, à procura de respostas, e nesse sentido a nova publicação “reflete muito” sobre o que está por fazer.

“A preocupação foi olhar para a realidade do catolicismo no nosso país e apresentamos um conjunto diversificado de textos que pudesse dar esse retrato real, contemporâneo desta mesma realidade”, desenvolveu.

Eugénia Magalhães afirma que a obra quer “ajuda a repensar a Igreja no próximo século”, considerando que o livro é “crucial” para quem quer “olhar para dentro e fora da Igreja”.

Uma edição especial de ‘Portugal Católico. A beleza na diversidade’ foi entregue ao Papa Francisco, a 20 de setembro; esta terça-feira, é lançado pelo cardeal-patriarca de Lisboa e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Manuel Clemente, e pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

A sessão conta ainda com a atuação dos artistas Rão Kyao, Cuca Roseta e Teresa Salgueiro.

O livro reúne 204 textos-síntese, de 190 autores, apostando também na componente imagética com fotografias e gravuras que representam “todas as dioceses” do país.

O advogado Paulo Cunha Matos escreveu dois artigos em coautoria com o advogado Miguel Câmara Machado, numa reflexão sobre a realidade juvenil e a relação com a Igreja.

“A obra acaba por ser não um aplauso ao passado da Igreja, mas uma constatação do presente, no qual os jovens estão fortíssimos. Escrevo dois artigos que se centram nos campos de férias para jovens, nas missões universitárias e nos Núcleos de Estudantes Católicos”, explica.

Para Paulo Cunha Matos é “muito importante” dar testemunho de “como os jovens estão a mudar o mundo” e realça que ser católico na universidade “implica muito mais responsabilidade” em termos de intervenção.

Já o investigar Rui Rego desenvolveu a sua participação “no âmbito da filosofia” e escreveu sobre a iniciativa ‘Átrio dos Gentios’, iniciativa do Vaticano que promove o diálogo entre crentes e não crentes, desde 2011, e passou por Portugal no ano seguinte.

A publicação conta com o apoio da Conferência Episcopal Portuguesa, da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal, da Fundação Calouste Gulbenkian, da União das Misericórdias Portuguesas e da Santa Casa da Misericórdia do Porto; teve ainda o mecenato pessoal de Alexandre Soares dos Santos.

HM/CB/OC

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Agência ECCLESIA

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