Brasília, 20 nov 2017 (Ecclesia) – O responsável pela pastoral afro-brasileira na Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) associou-se à celebração do Dia da Consciência Negra, que se celebra hoje no país, pedindo o fim da exclusão e da discriminação.
D. Zanoni Demettino, arcebispo de Feira de Santana, defende, em declarações ao site da CNBB, que é preciso promover uma reflexão sobre a vida, a fé, a cultura e a tradição do povo brasileiro afrodescendente.
O responsável sustenta que a história dos afrodescendentes “tem sido atravessada por uma exclusão social, económica, política e, sobretudo, racial, onde a identidade étnica é fator de subordinação social”.
O arcebispo cita a V Conferência do Episcopado Latino-Americano e Caribenho, em Aparecida, no ano de 2007, sublinhando que, embora o contexto atual não admita etnocentrismos, xenofobismos e preconceitos, os afrodescendentes “são discriminados na inserção do trabalho, na qualidade e conteúdo da formação escolar, nas relações quotidianas”.
D. Zanoni Demettino considera que as consequências dos 300 anos de escravidão ainda não foram suficientemente reparadas.
OC