Igreja: Vaticano promove debate sobre movimentos de trabalhadores e sindicalismo

Iniciativa decorre entre 23 e 24 de novembro

Cidade do Vaticano, 20 nov 2017 (Ecclesia) – O Vaticano vai promover entre quinta e sexta-feira um debate internacional sobre movimentos de trabalhadores e sindicalismo no mundo globalizado.

“A conferência tem como objetivo abrir um espaço de debate e reflexão sobre o mundo do trabalho e os aspetos ligados às atividades profissionais nas atuais estruturas sociais, graças ao contributo de diversos movimentos sindicais presentes”, adianta uma nota do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral (Santa Sé).

O Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos (MMTC), vai ser representado pela sua co-presidente, a portuguesa Fátima Almeida, e por Abraham Canales, diretor da revista ‘Noticias Obreras’.

Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, Fátima Almeida assinala que a Igreja “manifesta a sua preocupação pelo desenvolvimento social e económico atual, que causa muitas situações de injustiça, de precariedade, de desregulamentação laboral e de descarte das pessoas”.

Realidades, acrescenta, “que provocam apatia, indiferença, falta de confiança e de esperança, desespero e desmotivação para a participação cívica; associativa, sindical e política”.

A iniciativa tem como tema ‘Da Populorum Progressio à Laudato si. O trabalho e o movimento dos trabalhadores no centro do desenvolvimento integral, sustentável e solidário’, apresentando o mundo laboral como “chave” para o desenvolvimento na era da globalização.

Os participantes vão ser convidados a refletir sobre o património da Doutrina Social da Igreja perante novas realidades sociais, com a apresentação de iniciativas e propostas para a construção de sociedades centradas na dignidade de cada pessoa, informa a Santa Sé.

A conferência procura ainda aprofundar o magistério da Igreja Católica desde a ‘Populorum progressio’, do Papa Paulo VI, que completa 50 anos, até à ‘Laudato si’ do Papa Francisco.

Além de representantes da Santa Sé, o encontro vai contar com a presença de representantes sindicais, especialistas no campo das ciências sociais, delegações de mais de 40 países e representantes de movimentos cristãos de trabalhadores.

Na sexta-feira, está prevista uma audiência com o Papa Francisco.

OC

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