AVEIRO: Segredo arquitetónico em Aveiro

Com as atenções dos turistas centradas nos passeios de moliceiro pelos canais urbanos da Ria de Aveiro e, em menor grau, em espaços como o Museu de Santa Joana, onde está sepultada a filha de D. Afonso V, que é apenas beata, mas é venerada como “santa” por concessão do Papa Paulo VI, as igrejas de Santo António e São Francisco passam despercebidas. São como que um segredo arquitetónico escondido num canto da cidade. Mas valem bem uma visita demorada.

São conhecidas por “igrejas” ou “capelas” de Santo António e São Francisco. O nome correto é Igreja do Convento de Santo António e Capela da Ordem Terceira de São Francisco. Os dois templos, que são geminados, mais as salas anexas e a Casa do Despacho formam um conjunto arquitetónico singular. Por fora, são de linhas simples e diretas. Por dentro, apresentam ricos painéis de azulejos, talha dourada e pintura do século XVII e inícios do seguinte. Os templos sofreram sucessivas alterações – uma delas consistiu na destruição de uma capela interior para haver comunicação entre os dois espaços –, sendo mais antigo o convento de Santo António. Remonta a 1524. Em parte do que era o convento funciona agora a Polícia Judiciária (perguntar pela PJ é sempre uma boa maneira de chegar às igrejas, que ficam num dos topos do “jardim da cidade” – outro espaço para passeios).

As igrejas, incluindo o museu de imagens franciscanas que saíam na antiga processão das cinzas, estão abertas de terça a sábado, das 9h30 às 12h30 e das 14h30 às 17h30.

 

Para complementar, duas sugestões nos arredores de Aveiro: um passeio a pé e outro de comboio.

A pé ou de bicicleta, é sempre agradável fazer o percurso do BioRia de Salreu (a 15 km de Aveiro), seja qual for a época do ano. Ao longo de 8 km, num trajeto circular, atravessamos campos de arroz, juncais, sapais, caniçais e podemos observar águias, cegonhas, garças, lontras, raposas… entre as dezenas de espécies animais e vegetais que o ecossistema rico em água proporciona (www.bioria.com).

Desde o início de julho e até finais de setembro, a CP proporciona viagens no “Comboio Histórico do Vouga”. Partindo de Aveiro, apenas nas tardes de sábado, o comboio histórico leva a Macinhata do Vouga, onde existe um museu ferroviário, e, no regresso, para no centro de Águeda. “Uma viagem no tempo, uma antiga locomotiva diesel, três carruagens dos primeiros anos do século XX”, resume a CP (http://bit.ly/2scSpAa).

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Agência ECCLESIA

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