Braga: Arquidiocese vai oferecer ao Papa Francisco telha que simboliza os lares portugueses

«Fátima terá um dos momentos maiores da sua história em número e vivência de fé» – D. Jorge Ortiga

Braga, 12 mai 2017 (Ecclesia) – A Arquidiocese de Braga vai oferecer ao Papa uma pintura da Nossa Senhora do Sameiro ilustrada numa telha que representa, simbolicamente, “todos” os lares portugueses com desejos de “paz, concórdia, onde o mínimo para viver não falte”.

“É interessante a interpretação da artista que com uma telha quer pensar em todos os lares portugueses e que exista pão, vida digna e, ao mesmo tempo, harmonia, concórdia e paz”, disse D. Jorge Ortiga em declarações à Agência ECCLESIA.

O arcebispo primaz afirmou que a oferta para o Papa Francisco foi “muito espontânea, muito natural” e a artista – Fátima Mendes, pintora de cerâmica especializada em azulejaria barroca –  pintou na telha uma imagem de Nossa Senhora do Sameiro.

“Braga não pode deixar de pensar na Nossa Senhora do Sameiro”, acrescentou, sobre a prenda que a arquidiocese vai dar ao Papa Francisco.

D. Jorge Ortiga está em Fátima e realça ser “difícil falar de expectativas” sobre a visita do pontífice argentino como peregrino à Cova da Iria, onde vai participar no Centenário das Aparições de Nossa Senhora aos pastorinhos.

“Será de reconhecimento daquilo que é o ministério do Papa Francisco em termos de autenticidade evangélica num esforço muito grande que está fazendo pelo esforço de renovação da própria Igreja”, desenvolveu.

Para o arcebispo, o pontífice vai trazer “essa preocupação” que “o acompanha sempre” e em Fátima “com certeza que continuará a pedir” e todos vão também “pedir para que essa grande renovação se concretize”.

“O povo português vai corresponder em termos de acolhimento e Fátima terá um dos momentos maiores da sua história em termos de número e vivência de fé”, realçou.

Este sábado, o Papa Francisco vai canonizar os pastorinhos videntes Francisco e Jacinta Marto que será “um apelo” dizendo que hoje é preciso “apostar em realidades diferentes”.

D. Jorge Ortiga destaca a “simplicidade e espírito de radicalismo” dos dois irmãos na vivência do Evangelho, “segundo as suas capacidades de harmonia com as suas idades”.

“Os pastorinhos mostraram uma vida diferente daquela época, nem todos os compreendiam, em muitas coisas eram originais, particularmente na oração, na oferta de tudo o que era sofrimento e dor”, desenvolveu.

A canonização, acrescenta, vai suscitar nos cristãos e na Igreja a “consciência de vocação à santidade”.

O arcebispo primaz não tem “dúvida” que o coração do catolicismo português vai estar na esplanada de oração do santuário mariano hoje e este sábado, para além dos “muitos milhares” que vão estar presentes espiritualmente.

“A alma católica dos portugueses” vai estar em Fátima para ouvir o que o Papa “das surpresas, dos gestos, dos sinais” tem para dizer, nas suas palavras, na sua simplicidade.

LFS/CB

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