Fátima 2017: Papamóvel, uma história com quase 90 anos

Veículo que vai ser usado na Cova da Iria e arredores é o mesmo das audiências semanais na Praça de São Pedro

Fátima, 02 mai 2017 (Ecclesia) – O "Papamóvel", nome dado ao veículo que habitualmente transporta o Papa em percursos por entre a multidão, permitindo ver e ser visto, vai ser um dos principais meios de transporte usados na visita do Papa Francisco a Portugal.

Em Fátima, nos dias 12 e 13 de maio, o Papa vai usar a viatura com que se desloca habitualmente nas audiências semanais de quarta-feira na Praça de São Pedro.

No dia da chegada, o Papamóvel que transporta Francisco deixa o Estádio Municipal de Fátima pelas 17h30, em direção ao Santuário, pelas estradas da Giesteira e de Minde, Rotunda Sul e Avenida D. José Alves Correia.

“É para este trajeto (bem como para o percurso de despedida) que o reitor do Santuário, Pe. Carlos Cabecinhas, convida os portugueses, para saudarem o Papa na sua peregrinação até ao Santuário e com ele fazerem festa”, assinala a página oficial da visita do Papa a Portugal.

No início da alameda lateral sul, a viatura aberta entra no Recinto, passando pelo Pórtico Jubilar no topo do Recinto, dirigindo-se pelo corredor central até à Capelinha das Aparições, onde o Papa se recolhe em oração, em silêncio.

De novo no papamóvel, Francisco dirige-se do Recinto, pela rua Cónego Formigão, para a Casa de Nossa Senhora do Carmo, onde janta e permanece até às 21h30, altura em que, pelo mesmo trajeto, regressa à Capelinha.

Já no final das celebrações do 13 de maio, o início da viagem de regresso à Base Aérea de Monte Real, de onde parte em avião da TAP para Roma, faz-se de novo no papamóvel, até à Rotunda Norte, onde decorre uma pequena cerimónia de despedida, com um momento musical, a cargo da Orquestra de Fátima e do Conservatório de Fátima-Ourém, antes de o Papa entrar numa viatura fechada que o levará a Monte Real.

Apesar de só há alguns anos ter sido aplicado o termo ‘Papamóvel’ para designar a viatura que transporta o pontífice, data de há quase 90 anos a ligação entre a marca de automóveis Mercedes e o Vaticano.

Os veículos incluem equipamentos habituais nos automóveis de Estado, como bancos em pele, comandos elétricos e climatização especial, a que foram sendo acrescentados elementos distintivos do Vaticano.

Durante cinquenta anos, os “papamóveis” foram limusinas de cor preta, que apesar de serem adaptadas de modelos de série, incorporavam tecnologia de ponta.

Depois do atentado a João Paulo II, ocorrido em Roma a 13 de maio de 1981, as viaturas passaram a ser blindadas.

É também a partir desta altura que os “papamóveis” começam a ser pintados de branco.

A matrícula das viaturas usadas pelos Papas é habitualmente “SCV 1”, significando “Stato della Città del Vaticano” (designação, em italiano, de “Estado da Cidade do Vaticano”), com o algarismo a representar a posição do Papa na hierarquia da Igreja Católica.

Portugal também teve o seu “papamóvel”: tratava-se de um todo-o-terreno da extinta marca UMM, de cor branca, que foi usado por João Paulo II em 1991, na sua deslocação à Madeira.

OC

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Agência ECCLESIA

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