Padre Carlos Cabecinhas diz que decisão do Papa mostra «importância mundial de Fátima»
Fátima, 20 abr 2017 (Ecclesia) – O reitor do Santuário de Fátima afirmou que a canonização de Francisco e Jacinta Marto durante as cerimónias do 13 de maio, no Centenário das Aparições, realça a "importância mundial" da Cova da Iria.
O padre Carlos Cabecinhas reagia à decisão tomada hoje no Vaticano a respeito do local e da data para a cerimónia que vai proclamar como santos os dois irmãos, pastorinhos de Fátima, notícia recebida com “grande alegria”.
Para o padre Carlos Cabecinhas, o facto de a canonização, tal como a beatificação (em 2000), ocorrer em Fátima, leva o Pe. Carlos Cabecinhas a destacar o sentido “muito especial” da decisão tomada hoje no Consistório, no Vaticano.
“Porque é este Santuário que custodia as suas relíquias; é neste Santuário que estão os seus túmulos; muito especial porque escolher Fátima para este ato solene da Igreja universal é reconhecer a importância mundial de Fátima e é igualmente reconhecer Fátima como verdadeira ‘escola de santidade’”, realçou.
Em declarações divulgadas pelo Santuário de Fátima e enviadas à Agência ECCLESIA, o sacerdote saúda o “reconhecimento eclesial” que a canonização representa.
A notícia da canonização a 13 de maio, durante a Peregrinação do Papa à Cova da Iria, é acolhida com “profunda gratidão”.
“Gratidão a Deus, que nos concede a graça de novos santos como modelos e intercessores; mas gratidão igualmente ao Santo Padre, que tomou a decisão de fazer a canonização neste lugar”, afirmou.
O reitor do Santuário de Fátima acrescenta que canonização dos dois mais jovens videntes de Fátima vem “coroar a grande celebração do Centenário das Aparições”.
O responsável reforçou o convite aos portugueses para que se desloquem a Fátima e façam festa, “com ânimo renovado”, com o Papa Francisco, dando graças a Deus pela santidade dos Pastorinhos.
A 23 de março, o Papa Francisco já tinha aprovado o milagre necessário para a canonização dos irmãos Francisco (1908-1919) e Jacinta (1910-1920), ficando apenas por decidir o local e data da cerimónia.
O processo de canonização de Francisco e Jacinta Marto chega assim ao fim, 65 anos depois de D. José Alves Correia da Silva, então Bispo de Leiria, ter aberto a face diocesana dos processos dos dois Pastorinhos, a 30 de abril de 1952, recorda o Santuário de Fátima.
A canonização é a confirmação, por parte da Igreja Católica, de que alguém é digno de culto público universal, podendo ser apresentado aos fiéis como intercessor e modelo de santidade.
OC