«Amoris Laetitia»: Grupo de católicos recasados considera que «verdadeira» mensagem «ficou ofuscada»

Lisboa, 31 mar 2017 (Ecclesia) – O grupo de leigos ‘Recasados na Igreja’, nascido na Diocese de Aveiro, afirma que existe a “sensação” que a “verdadeira mensagem” da Exortação Apostólica ‘Amoris Laetitia’, do Papa Francisco, ficou “ofuscada”.

“A todas as famílias, independentemente da sua natureza (separados, recasados, a viver em união de facto ou casados civilmente) não se pode negar o encontro com Deus e que Deus acolhe todos, na sua infinita misericórdia”, refere um artigo de opinião do grupo, publicado no mais recente Semanário ECCLESIA.

O documento pós-sínodal sobre a família foi apresentado publicamente a 8 de abril de 2016 e o grupo constatou que neste período “a discussão, dentro e fora da Igreja”, focou-se “na nota de rodapé 351”: “Em certos casos, poderia haver também a ajuda dos sacramentos”.

Para os ‘Recasados na Igreja’, o Papa Francisco aconselha a “abandonar a lógica binária do preto e branco” para abarcar as áreas acinzentadas, pois, “para um corpo que proclama Cristo” não basta afirmar e fazer valer “rigidamente o que é verdadeiro de um modo geral”.

O grupo considera também que durante este ano, desde a publicação do documento, foi “evidente uma forte reação” de alguns setores da Igreja com “acusações” ao pontífice argentino “desmentindo qualquer novidade” em relação à exortação do Papa São João Paulo II ‘Familiaris Consortio’, de 1981.

Segundo o artigo de opinião, o documento do Papa Francisco é um “monumento à família” tal como é vista na perspetiva da Igreja com um “alcance é tal” que ainda se está em “fase de aprendizagem”.

Para o futuro esperam que se “avance mais” e que as conferências episcopais de mais países, inclusive a portuguesa, publiquem orientações de como praticar a ‘Amoris Laetitia’, uma vez que “até agora só” Argentina, Malta e Alemanha o fizeram.

No artigo de opinião o grupo realça que na sua página na rede social Facebook têm testemunhos de pessoas solteiras que casaram com alguém divorciado.

“Não seria desejável que os sacerdotes e os bispos também tivessem em atenção estas pessoas, já que a sua situação não é referida em nenhum ponto da AL?”, questionam no mais recente Semanário ECCLESIA sobre a Exortação Apostólica ‘Amoris Laetitia’.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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