Ensino: Igreja partilha testemunhos sobre a importância de Educação Moral e Religiosa Católica

Semana nacional procura valorizar papel da disciplina

Lisboa, 29 mar 2017 (Ecclesia) – A Igreja está a promover a Semana Nacional de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) e uma das iniciativas é partilhar testemunhos sobre a disciplina e a sua importância na “formação”, no site online da Comissão Episcopal da Educação Cristã.

“Vontade de aprender um pouco mais sobre questões de moral e ética, da religião e ainda da necessidade de debater temas e assuntos com pertinência social e sentido da vida, como a eutanásia, o aborto, entre outros”, foram as razões para Bruno Lopes optar pela disciplina de EMRC.

Ao sítio online ‘Educris’, o aluno na Sertã, na Diocese de Portalegre-Castelo Branco, afirma que os temas relacionados “a Deus” também são “importantes para uma vida com fé”.

Para Bruno Lopes, o seu relacionamento com os outros “depende da formação sociocultural” e “talvez, nesse sentido”, a disciplina “assuma um papel de influência” da relação com os outros.

Do Agrupamento de Escolas Poeta Joaquim Serra – Montijo, na Diocese de Setúbal, chega o testemunho a mãe de um aluno do 1.º ciclo que “gosta da aula, da professora, dos temas” e que regressa a casa “sempre feliz”, “cheio de novidades e histórias novas” depois de cada aula de EMRC.

Ana Gonçalves refere que para si a disciplina “sempre foi uma aula diferente” de proximidade com a professora e “de afetos” onde, através das atividades, percebia que “Jesus está sempre lá”, por isso, quer que o filho “O encontre também em cada momento da sua vida”.

“A disciplina contribui para que o meu filho seja mais solidário”, afirma.

Já Clara Macatrão partilha o seu testemunho como mãe de duas alunas, a Maria e a Matilde, que frequentam a disciplina, como a progenitora que “num compartimento (aberto) do coração” ainda se sente “aluna” de EMRC.

Segundo a encarregada de educação a disciplina ajuda a “dar sentido à existência”, promove o ensino espiritual, “transmite valores, ajuda a desenvolver o caracter” e dá capacidade de reflexão e autocrítica.

“Faz crescer a nível pessoal e principalmente a nível comunitário. São os valores que dão sentido à vida que desejo para as minhas filhas”, observa Clara Macatrão de Peniche, no Patriarcado de Lisboa.

A mãe da Maria e da Matilde realça que os pais têm que ter consciência que “é em casa que tudo começa” mas há “um elo de ligação” entre a escola e a família que se “chama EMRC”

Clara Macatrão comenta ainda que a disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica não “rouba tempo” de estudo às duas filhas mas “pelo contrário acrescenta” o “amor ao próximo presente nas suas limitações diárias, o auxílio gratuito de quem tem mais dificuldades”.

“Acrescenta sobretudo, felicidade e fé”, disse a mãe da Maria e da Matilde, divulga a página ‘Educris’.

À Agência ECCLESIA o professor Dimas Pedrinho, do Departamento de Educação Moral e Religiosa Católica, do Secretariado Nacional de Educação Cristã, explicou que a mensagem de Fátima está no centro da semana nacional da disciplina, até esta sexta-feira, e as iniciativas promovidas sublinham presença de valores próprios num contexto plural e aberto.

A Concordata assinada em 2004 entre Portugal e a Santa Sé consagra a existência da disciplina de EMRC, que é uma componente do currículo nacional de oferta obrigatória pelos estabelecimentos de ensino e frequência facultativa.

CB

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Agência ECCLESIA

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