Lisboa, 14 mar 2017 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) informou que as autoridades chinesas prenderam pelo menos cinco cristãos protestantes, dirigentes de comunidades em Liaoning, por estarem envolvidos na distribuição de literatura religiosa.
O secretariado português da AIS assinala que os cinco cristãos, quatro mulheres e um homem, pertencem à Igreja Chaoguang e foram acusados de vender “livros de devoção cristã oficialmente proibidos”, a 22 de fevereiro.
Segundo a informação divulgada a partir da China Aid Association, organização cristã sem fins lucrativos de defesa dos Direitos Humanos, os cristãos protestantes foram condenados a penas de prisão e ao pagamento de multas “entre cerca de 10 mil a 30 mil euros”.
A AIS refere que a notícia da prisão dos cinco cristãos decorre quando as diplomacias do Vaticano e de Pequim estão em negociações com vista à “eventual normalização das relações diplomáticas entre os dois Estados”.
A fundação pontifícia dá conta também que “não tem abrandado a perseguição aos cristãos” em determinadas regiões da China e para além da situação em Liaoning, nordeste da China, também foram expulsos “pelo menos 32 missionários sul-coreanos” de Yanji, onde realizavam trabalho humanitário há mais de uma década, perto da fronteira com a Coreia do Norte.
Este ano, recorda ainda a AIS, foi detido também o pastor Yang Hua da Igreja protestante ‘Living Stone Church’, em Guizhou, que foi condenado pelo Tribunal a cumprir pena de prisão de dois anos e meio sob a acusação de ter “divulgado segredos de Estado” e poder “obstruir” o trabalho da Justiça, nomeadamente com reuniões de pessoas que poderiam “perturbar a ordem social”.
A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre explica que há uma comunidade cristã “muito ativa, apesar de clandestina”, por se manter fiel ao Papa, e que tem sofrido “a perseguição por parte das autoridades, desde o advento do regime comunista” da instituição da Associação Patriótica Católica.
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