Fátima: Religiosa do Carmelo de Coimbra lembra dia em que a Irmã Lúcia quis saber como «o computador trabalhava»

Irmã Ana Sofia sublinha «abertura» de espírito da vidente

Coimbra, 10 fev 2017 (Ecclesia) – A irmã Ana Sofia, do Carmelo de Santa Teresa, viveu com a irmã Lúcia durante nove anos, em Coimbra, e recorda, entre outras histórias, o dia em que a religiosa quis saber como é que o “computador trabalhava”.

“Se isto me ajudar na correspondência, eu ainda aprendo”, disse a Irmã Lúcia ao ouvir as outras freiras a falar sobre o computador.

No mais recente Semanário ECCLESIA, a irmã Ana Sofia afirma que era “muito interessante” ver na Irmã Lúcia essa “abertura de mente” e de espírito, até aos 90 anos.

“Nada a travava quando se tratava de ajudar os outros”, realça.

Natural de Santarém, a irmã Ana Sofia tem 38 anos e é desde 1996 uma das religiosas residentes no Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra.

A entrevistada recorda que mostrou um computador à Irmã Lúcia e explicou como é que funcionava, “sobretudo a parte do word”.

“Isto até é bom, mas praticamente faz o mesmo que faz a minha máquina. Como eu já sei trabalhar com a máquina, deixa-me ficar…”, disse Lúcia, então.

A irmã Ana Sofia assinala que a Irmã Lúcia “tinha um sentido muito prático da vida”.

Na entrevista publicada hoje, a religiosa explicou que uma das necessidades que a Irmã Lúcia sentiu “foi criar um método mais eficaz” para responder “mais depressa” às cartas que recebia porque à mão “não era nem prático, nem viável”.

Desde muito cedo que a religiosa carmelita tinha uma máquina de escrever e a primeira, que está exposta no memorial em Coimbra, era “muito rudimentar”.

Depois, recebeu uma máquina melhor, a que chamava de “máquina de escrever computorizada”, porque tinha um ecrã, era ligada à eletricidade, tinha memória, e “já lhe permitia apagar, quando se enganava”.

“Ela achou que isso lhe facilitou muito o trabalho e foi muito bom”, revela Ana Sofia que antes de entrar para o convento foi uma das pessoas que escreveu à Irmã Lúcia.

O Carmelo de Santa Teresa em Coimbra tem perto de 70 malas com correspondência que a freira carmelita começou a guardar principalmente a partir dos anos 80, por ordem dos superiores.

O encerramento da fase diocesana do processo de canonização da última vidente de Nossa Senhora em Fátima está em destaque na edição desta sexta-feira do Semanário ECCLESIA.

A sessão solene de clausura vai ter lugar esta segunda-feira, no Carmelo de Santa Teresa de Coimbra.

A irmã Lúcia de Jesus, que viveu 57 anos de vida carmelita, encontra-se sepultada na Basílica de Nossa Senhora do Rosário, no Santuário de Fátima, desde 2006.

HM/CB/OC

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