EUA: Igreja Católica pronuncia-se sobre mudanças de Trump para o setor da Saúde

É urgente «continuar a assegurar cuidados adequados» para todos, sublinham os bispos norte-americanos

Washington, 20 jan 2017 (Ecclesia) – A Igreja Católica nos Estados Unidos da América pronunciou-se sobre a intenção da administração de Donald Trump, que toma hoje posse, em revogar o sistema de saúde implantado pelo anterior presidente Barack Obama.

Numa carta enviada aos membros do Congresso, o presidente do Comité para o Desenvolvimento Humano e Justiça Nacional da Conferência dos Bispos Católicos dos EUA, sublinha a importância de uma decisão que “continue a assegurar cuidados de saúde adequados aos milhões de cidadãos atualmente abrangidos” pelo chamado ‘ObamaCare’.

“Sobretudo” para aqueles que, por terem “recursos financeiros mais limitados”, têm muitas vezes que escolher entre “necessidades básicas como a comida e abrigo” e os “cuidados de saúde”, a “introdução de um período de incerteza teria consequências devastadoras”, escreve D. Frank J. Dewane.

Aquele responsável salienta que a Igreja Católica norte-americana “vai continuar empenhada na busca de um sistema de saúde que seja universal e economicamente acessível a todos”.

E que ao mesmo tempo tenha em conta “a proteção da vida humana”, da “consciência” de cada um, e das franjas da população mais carenciadas, como os pobres e imigrantes.

“Exortamos os membros do Congresso a abordarem o debate dos próximos dias tendo em mente a preservação destes princípios, para o bem de todos”, pode ler-se.

A revogação e substituição do sistema de Saúde implementado por Barack Obama será um dos primeiros objetivos de Donald Trump, que esta sexta-feira toma posse como novo presidente dos Estados Unidos da América.

Na base desta decisão está a ideia de que o projeto ‘ObamaCare’ fracassou e que é preciso um novo sistema com mais opções e maior liberdade de escolha.

Enquanto Donald Trump e os congressistas republicanos alertam para a possibilidade de uma subida maciça nos custos dos seguros de saúde do ‘ObamaCare’, os democratas recordam que pelo menos 20 milhões de cidadãos poderão perder esta cobertura, caso a revogação do atual sistema vá por diante.

JCP

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