Cidade do Vaticano, 03 jan 2017 (Ecclesia) – O presidente da Conferência Episcopal da Turquia afirmou que se devem “condenar” os atos terroristas da forma “mais absoluta e rigorosa, sem meias palavras”, após o ataque no Ano Novo, em Istambul, onde morreram 39 pessoas.
“A mensagem do terrorismo, que atinge pessoas de todas as etnias e credos, é uma mensagem transversal e universal a ser condenada sem meias palavras e sem a mínima hesitação”, disse D. Boghos Levon Zekiyan à Rádio Vaticano.
Para o também arcebispo dos arménios católicos de Istambul e da Turquia, é preciso a “condenação absoluta” dos atos de terrorismo, “com a oração e a solidariedade”, com toda a abertura e ajuda concreta.
Em declarações à emissora pontifícia, o responsável explicou que a “pequena comunidade católica” está mobilizada a favor dos refugiados e exilados.
O prelado observou que na Turquia estão “quase três milhões de refugiados da Síria” enquanto em países da União Europeia foram promovidos “referendos para receber 1500 pessoas”.
D. Boghos Levon Zekiyan destaca a necessidade de as várias nações cooperarem e se manifestarem “com grande clareza e, sobretudo, com ações muitos fortes” para “cortar as raízes” do terrorismo que são o comércio das armas, “a inércia no enfrentar esse autoproclamado Estado Islâmico”.
“Quem paga o preço mais alto dessas tragédias e desse Estado Islâmico, também na Síria, não são os cristãos, mas os próprios muçulmanos. Vejo que as pessoas, também aquelas mais simples, estão vivendo um drama muito forte porque essa gente diz agir em nome de Alá”, desenvolveu.
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