Responsáveis informam que o processo canónico levou à suspensão do exercício do ministério sacerdotal do padre Pedro Ribeiro
Vila Real, 22 dez 2016 (Ecclesia) – A Diocese de Vila Real reagiu hoje à condenação, pela prática do crime de abuso sexual de menores, do padre Ribeiro, informando que o mesmo já se encontrava suspenso do exercício do ministério sacerdotal.
“Queremos tornar pública a nossa profunda tristeza pelos factos, e manifestar aos menores que foram vítimas, e às pessoas que lhes são mais chegadas, a nossa pena, a nossa proximidade e o nosso compromisso em fazer tudo o possível para que factos destes não se repitam no futuro”, refere um comunicado enviado à Agência ECCLESIA, assinado pelo bispo diocesano, D. Amândio Tomás.
A nota surge depois de o jornal ‘Correio da Manhã’ ter tornado pública a condenação judicial do padre Pedro Ribeiro “por atos praticados no Facebook”.
A diocese transmontana precisa que recebeu a primeira denúncia em outubro de 2013, tendo sido sacerdote dispensado “de imediato” de todos os encargos que tinha.
A Diocese de Vila Real “fixou-lhe domicílio, proibiu-o de contactar menores, comunicou o caso à Santa Sé, seguindo as novas normas que o Papa Francisco estabeleceu” e “colaborou desde o início com as autoridades civis”, acrescenta o comunicado.
Em 2016, após autorização da Santa Sé e da conclusão do processo penal canónico, foi aplicada ao sacerdote uma pena de suspensão do exercício do ministério sacerdotal.
Esta é uma das mais graves sanções previstas pelo Código de Direito Canónico (cânone 1395, parágrafo 2) contra um clérigo que abuse sexualmente de menores.
A Diocese de Vila Real “lamenta, profundamente, os danos causados às vítimas e a todos aqueles que sofreram e sofrem com as consequências dos atos do padre Pedro Ribeiro” e agradece a ajuda de todos “para reforçar o combate por tornar a Igreja um ambiente seguro para os menores”.
OC