Lisboa, 26 out 2016 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) informou que um comando terrorista da milícia islâmica al-Shabab executou trabalhadores cristãos que se encontravam num hotel, esta terça-feira, em Mandera, no Quénia, junto à fronteira com a Somália.
Na informação enviada hoje à Agência ECCLESIA, o secretariado português da AIS explica que o ataque com metralhadora, explosivos e granadas, vitimou “pelo menos 12 pessoas” e foi “prontamente reivindicado pelos terroristas”.
Segundo a fundação pontifícia, o grupo terrorista al-Shabab assumiu que o objetivo eram “os trabalhadores cristãos”, numa mensagem divulgada na Internet.
O ataque ao Bishaaro Guest House, em Mandera, no Quénia, próximo à fronteira com a Somália, para além da “perseguição direta aos não muçulmanos” pode ser entendido como “retaliação” contra o governo queniano que tenta “afastar” das suas fronteiras a ameaça terrorista.
A Somália é um dos países “mais problemáticos” de África que, “especialmente”, desde 2006 tem tido ataques constantes da milícia islâmica ligada à al-Qaeda com a propósito de “derrubar o governo local e estabelecer um território baseado na versão mais estrita da lei islâmica”.
A AIS contextualiza ainda que a Somália é considerada um dos países no mundo onde “é mais crítica a perseguição à comunidade cristã” e que o grupo al-Shabab tem procurado expandir “o mapa do terror” a outros países da região, como o Quénia.
O grupo extremista somali foi responsável pelo ataque a uma universidade em Garissa, no nordeste do Quénia, a 2 de abril de 2015, que matou pelo menos 148 pessoas, e ao centro comercial Westgate, em Nairobi, em setembro de 2013, que provocou 67 mortos.
CB