Antigo primeiro-ministro português é o próximo secretário-geral das Nações Unidas
Lisboa, 06 out 2016 (Ecclesia) – O diretor do Serviço Jesuíta aos Refugiados em Portugal, André Costa Jorge, saudou hoje a eleição de António Guterres para secretário-geral da ONU, sublinhando os “valores humanistas” do responsável português.
“Alegramo-nos também pelo facto de ser um português, mas sobretudo por ser um português com o qual partilhamos os valores humanistas que consideramos prioritário continuar a defender”, referiu o diretor do JRS-Portugal, em depoimento enviado à Agência ECCLESIA.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas escolheu hoje por unanimidade e aclamação o antigo primeiro-ministro português António Guterres como secretário-geral da ONU.
Guterres vai iniciar funções a 1 de janeiro de 2017, sucedendo a Ban Ki-moon.
André Costa Jorge considera que “as sucessivas e claras votações no Conselho de Segurança da ONU” provam que foi escolhido o “melhor candidato, aquele que estava melhor preparado”.
“Congratulamo-nos naturalmente por ter sido escolhido um candidato que conhece perfeitamente o dossier das migrações, em especial o problema dos refugiados no mundo, e por ter desempenhado um papel notável enquanto Alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados”, acrescenta.
O diretor do JRS-Portugal realça que Guterres foi “uma voz reconhecida internacionalmente” em defesa dos refugiados, num momento histórico que “impunha e continua a impor grandes desafios”.
“Assim, o JRS deseja os maiores sucessos a António Guterres no desempenho das suas novas funções e continua disponível, em Portugal e no mundo, para colaborar com todos os homens e mulheres de boa vontade no sentido de juntos ajudarmos a construir um mundo melhor”, conclui.
António Manuel de Oliveira Guterres, de 67 anos, foi primeiro-ministro português de 1995 a 2002 Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) entre 2005 e 2015.
OC
