Vaticano: Papa convida católicos norte-americanos a votar «em consciência» nas próximas presidenciais

Francisco abordou vários temas políticos no voo de regresso a Roma, desde o Azerbaijão

Lisboa, 02 out 2016 (Ecclesia) – O Papa Francisco aconselhou hoje os católicos norte-americanos a votar “em consciência” nas próximas eleições presidenciais, escusando-se a apontar o nome do candidato que considera mais idóneo.

“Em campanhas eleitorais, nunca digo seja o que for. O povo é soberano e apenas lhe digo que estude bem as propostas, que reze e escolha em consciência”, disse aos jornalistas que o acompanharam no voo de regresso desde o Azerbeijão.

Francisco considera que nalguns países a vida política está demasiado “politizada”, sem que existe uma verdadeira cultura democrática, e que é papel da Igreja Católica ajudar a criar essa “cultura política”.

A conferência de imprensa do Papa, de 50 minutos, deixou um apelo em favor das “vítimas das guerras”, criticando quem bombardeia hospitais ou escolas.

Além de confirmar a visita a Fátima em maio de 2017, o pontífice argentino adiantou que no próximo ano deve viajar até à Índia e o Bangladesh, deixando em aberto possíveis visitas ao continente africano, condicionadas pela “situação política e as guerras”, tal como acontece na Colômbia.

Questionado sobre as relações Vaticano-Pequim, Francisco mostrou-se “otimista”, mas pediu tempo, descartando a hipótese de poder visitar a China proximamente.

Já em relação aos problemas no Cáucaso, região que visitou pela segunda vez este ano, o Papa começou por dizer que com a guerra se “perde tudo”, propondo o caminho do diálogo e da negociação, se necessário com recurso a um “tribunal internacional” para resolver diferendos.

“A Geórgia tem um problema com a Rússia, a Arménia é um país sem fronteiras abertas, tem um problema com o Azerbaijão. É preciso ir ao tribunal internacional se não houver outra via”, exemplificou.

Francisco realizou hoje uma visita de 10 horas ao Azerbaijão, vindo da Geórgia, onde chegou na sexta-feira para a 16ª viagem internacional do seu pontificado.

O Papa tinha visitado a Arménia, em finais de junho deste ano, naquela que foi a sua primeira deslocação ao Cáucaso.

OC

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