Eugénio Fonseca pediu coerência e transparência no início do Conselho Geral
Vila Real, 15 abr 2016 (Ecclesia) – O presidente da Cáritas Portuguesa disse hoje que a organização não pode “ter receio” da transparência, deve garantir “coerência entre discurso e ações” e agir com “profissionalismo e sobriedade” que garantam “um reforço da credibilidade”.
Na comunicação feita ao Conselho Geral da Cáritas, durante a sessão de abertura, Eugénio Fonseca afirmou que os membros da instituição são “cada vez mais obrigados a uma clara diferenciação positiva”, sem receio de “ser uma organização de portas abertas e transparente”.
“Somo hoje, mais do que nunca, obrigados a ter uma visão sobre nós próprios que seja clara e verdadeira, de modo a que a nossa comunicação com os outros, aos que servimos e aos que nos apoiam e que confiam na nossa ação tenha a necessária coerência entre o que anunciamos, denunciamos, somos e fazemos”, afirmou Eugénio Fonseca no início da noite desta sexta-feira.
A Cáritas Portuguesa reúne em Conselho Geral a partir de hoje e até domingo, no Seminário Diocesano de Vila Real.
Na mensagem dirigida aos membros do Conselho Geral, composto pela direção da Cáritas e pelos responsáveis diocesanos da instituição, Eugénio Fonseca referiu que a transparência, a coerência, o profissionalismo e a sobriedade vão permitir um “maior reconhecimento da instituição pela “sociedade em geral”.
Ausente no início do Conselho Geral da Cáritas Portuguesa por “razões familiares”, Eugénio Fonseca assinalou o início dos trabalhos com uma mensagem lida na sessão de abertura onde lembrou a “economia assassina” por causa das “mentiras e obscuridades de que a têm vindo a revestir” e recordou os dias de “grande questionamento ético e até moral” na atualidade
“Os vários sinais de alarme que surgem dos mais variados setores da nossa sociedade apontam para a necessidade de agirmos com uma rigorosa transparência e eivarmos as nossas realizações de mecanismos que permitam a sua clara difusão, sem preocupações de inúteis e personalizados protagonismos, mas que evitem dúvidas desnecessárias ou suspeições, mesmo que infundadas”, defendeu o presidente da Cáritas Portuguesa.
Eugénio Fonseca referiu-se ainda à “urgência da definição da política europeia de acolhimento aos refugiados”, apontou o exemplo do Papa Francisco que considerou um “gigante cristão” e recordou que a Cáritas Portuguesa celebra este ano 60 anos da sua criação.
Para o presidente da Cáritas Portuguesa, a instituição tem pela frente o desafio de ser mais correta “no tratamento estatístico dos casos sociais acompanhados”, aprofundar difundir o “conhecimento e as vias de solução dos problemas sociais” e levar mais longe a “capacidade de intervenção, junto de centros de decisão política e de outras entidades, com vista à adoção das medidas necessárias para que os problemas se resolvam em profundidade”.
O Conselho Geral da Cáritas Portuguesa iniciou esta noite no Seminário de Vila Real com uma sessão que contou com o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, D. Jorge Ortiga, do Bispo de Vila Real, D. Amândio Tomás, e do presidente da Câmara da cidade Rui Santos.
PR