Jejum e adoração da cruz marcam celebrações em dia sem Missa, um dia alitúrgico no qual os fiéis podem comungar na celebração que decorre durante a tarde
Lisboa, 14 abr 2016 (Ecclesia) – A Sexta-feira Santa, que evoca hoje a morte de Jesus, é um dia de jejum para os fiéis católicos, que não celebram a Missa, mas uma cerimónia com a apresentação e adoração da cruz.
Este é um dia alitúrgico, no qual os fiéis podem comungar na celebração que decorre durante a tarde, perto da hora em que se acredita que Jesus terá morrido, nas igrejas desnudadas desde a noite anterior.
A parte inicial da celebração, Liturgia da Palavra, tem um dos elementos mais antigos da Sexta-feira Santa, que é a grande oração universal, com dez intenções que procuram abranger todas as necessidades e todas as realidades da humanidade, rezando pelos seus governantes, pela unidade entre os cristãos, pelos que não têm fé ou os judeus, entre outros.
A adoração à cruz e os vários momentos de oração apresentam-se como momentos de penitência e de pedido de perdão.
O sacerdote que preside à celebração está paramentado com a cor vermelha, que a liturgia católica associa aos mártires.
Ao final do dia, decorrem em muitos locais as procissões do enterro do Senhor e a via-sacra, que reproduz os momentos da prisão, julgamento e execução de Jesus, os quais inspiram recriações da Paixão, as Procissões do Encontro e do Senhor Morto.
O Sábado Santo, tal como a sexta-feira, é um dia alitúrgico, isto é, sem celebração da Eucaristia ou de outros sacramentos, considerado como o dia do ‘grande silêncio’.
A Vigília Pascal, que se celebra nas últimas horas deste dia, está ligada ao domingo e à festa da ressurreição de Jesus, representando o momento mais importante do calendário litúrgico da Igreja Católica.
PR/JCP