Estrasburgo, França, 15 dez 2015 (Ecclesia) – O Conselho da Europa pediu ao Vaticano que acelere as ações judiciais na luta contra branqueamento de capitais, revela um relatório do Moneyval, divulgado hoje.
Nos últimos anos, o Vaticano reportou vários casos de suspeitas de branqueamento de capitais, congelou contas e lançou investigações, mas o Conselho da Europa refere que ainda não houve quaisquer condenações.
"O Moneyval conclui que a Santa Sé respondeu à maioria das deficiências técnicas inscritas na legislação e na regulação”, assinala a nota de imprensa relativa ao relatório datado de 8 de dezembro.
Após registar estes avanços, o organismo especializado sublinha “a necessidade de o sistema de combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento ao terrorismo apresentar resultados efetivos em termos de acusações, condenações e apreensões".
No último dia 9, o Vaticano tinha revelado o Moneyval, organismo especializado do Conselho da Europa para medidas de combate à lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo, aprovara o mais recente relatório sobre as finanças da Santa Sé.
O segundo ‘Progress Report’ é consequência da adoção do Relatório de Avaliação Mútua (‘Mutual Evaluation Report’) de 4 de julho de 2012 e faz parte do procedimento ordinário previsto pelas regras do Moneyval para os Estados-membros.
A sala de imprensa da Santa Sé adianta em comunicado que o comité Moneyval “acolheu positivamente os resultados dos contínuos esforços empreendidos” pelo Vaticano com o objetivo de “reforçar” as áreas institucionais, jurídicas e operativas combate à lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo.
O subsecretário do Vaticano para as relações com os Estados, monsenhor Antoine Camilleri, saudou este relatório e disse que o mesmo significa que a Santa Sé “instituiu um sistema que funciona bem, eficaz e sustentável para prevenir os crimes financeiros”.
OC