Iniciativa da CNIS procura influenciar discurso político em ano de eleições
Évora, 11 set 2015 (Ecclesia) – A Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) promove entre hoje e amanhã a sua festa anual, que quer dar “visibilidade” às “boas práticas”, na Praça do Giraldo, Évora.
“Numa altura destas é fundamental dizer ao país que há uma resposta social pronta, capaz e disponível. A razão de ser da festa é dar visibilidade às IPSS e à rede Solidária, às boas práticas que se fazem nas instituições de solidariedade social. Mostrar que as IPSS estão vivas e praticam o bem”, explicou o líder da comissão organizadora da Festa da Solidariedade.
Ao jornal ‘Solidariedade’, da CNIS, Eleutério Alves revela que, passados noves anos desde a primeira edição, “é sempre possível inovar”, embora os objetivos que definiram no primeiro ano “são os mesmos que ainda hoje perduram”.
O também provedor da Santa Casa da Misericórdia de Bragança adianta que a escolha de Évora para a edição de 2015 “é muito pertinente” porque o Alentejo “precisa” que as suas IPSS, “que são muito dinâmicas”, se mostrem ao país para que “se faça a justiça de reconhecer que está bem coberto pela rede solidária”.
Eleutério Alves relembra que a ‘Chama da Solidariedade’ já tinha passado pela localidade alentejana numa edição anterior mas “apenas por umas horas”: “Évora, Beja e Portalegre eram distritos que estavam ainda fora desta rota”.
É com a chegada deste símbolo à localidade alentejana que começa a nona edição do certame com “animação” de instituições do distrito, “mostrando também as suas atividades culturais e recreativas das IPSS”.
Este sábado, a animação da Festa da Solidariedade, segundo o responsável, é “quase toda de instituições fora do Alentejo” para que partilhem em Évora a sua “cultura, tradição, para um intercâmbio de experiências e pessoas”.
Com esta opção pretende-se também mostrar as diferenças na “igualdade” de objetivos, “no esforço que desenvolvem para dar dignidade à vida das gentes mais desfavorecidas”.
Esta iniciativa aconteça a menos de um mês das eleições legislativas e Eleutério Alves comenta que faz parte da festa haver um “momento institucional” onde o presidente da CNIS, o padre Lino Maia, faz uma “intervenção político-institucional”.
“Seguramente, ele vai aproveitar para induzir na narrativa das campanhas dos partidos as perspetivas da CNIS sobre as políticas sociais. Esperamos também que os partidos se aproximem de Évora para que percebam o que é a Rede Solidária”, desenvolveu o elemento da direção da CNIS.
A festa propriamente dita é antecedida pela ‘Chama da Solidariedade’ que procura “unir as IPSS ao longo do país”.
Segundo revela o responsável pela comissão organizadora da festa, durante o percurso, as IPSS abrem as portas e os utentes e funcionários “partilham momentos de alegria com o cortejo”.
A organização desta montra do país solidário é da responsabilidade da União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social local com a cumplicidade da CNIS.
O jornal da confederação recorda que esta iniciativa começou em Lisboa e já passou por Barcelos, Viseu, Castelo Branco, Santarém, Faro, Guarda e Porto.
CB/OC