Papa: «Violência é também levantar muros e barreiras para bloquear quem busca um lugar de paz»

Francisco abordou situação dos refugiados na Europa

Cidade do Vaticano, 07 set 2015 (Ecclesia) – O Papa Francisco abordou a situação dos refugiados na Europa, numa carta enviada aos participantes de um Encontro Internacional das Religiões e das Culturas, a decorrer na Albânia.

 No texto, publicado serviço informativo da Santa Sé, o Papa argentino realça a importância das nações “não permanecerem indiferentes diante de quem sofre pela guerra e pela violência”.

“Violência é também levantar muros e barreiras para bloquear quem busca um lugar de paz. É violência empurrar para trás quem foge das condições desumanas na esperança de um futuro melhor”, sustentou Francisco.

Organizado pela Comunidade de Santo Egídio, o encontro internacional está a decorrer na capital albanesa, Tirana, e reúne mais de 400 personalidades do mundo político, cultural e religioso à volta do tema “A paz é sempre possível”.

Na mensagem que enviou aos participantes da iniciativa, o Papa destacou também a necessidade das religiões serem exemplo e meio para a paz no mundo, frisando que “quanto mais os povos são chamados a enfrentar transformações profundas, algumas delas dramáticas, mais é necessário que os seguidores das diferentes religiões caminhem juntos e colaborem pela paz”.

Francisco deu como exemplo a realidade da própria Albânia, país que visitou em 2014 e que se tornou um “símbolo” deste ideal de paz entre religiões e povos, “após uma longa história de sofrimento”.

“Em nenhum outro país do mundo foi tão forte a decisão de excluir Deus da vida de um povo: mesmo um simples sinal religioso era suficiente para serem punidos com a prisão, quando não com a morte”, recordou.

Tendo presente a recordação desse passado, Francisco destacou a sã convivência entre os diferentes credos como “um valor que deve ser guardado e incrementado a cada dia, com a educação ao respeito pelas diferenças e pelas específicas identidades abertas ao diálogo e à colaboração pelo bem de todos, com o exercício do conhecimento e da estima de uns pelos outros”.

“É um dom que deve sempre ser pedido ao Senhor na oração”, concluiu.

Estes encontros inter-religiosos foram lançados pela Comunidade de Santo Egídio para manter o espírito da jornada de oração mundial pela paz, convocada por João Paulo II a 27 de Outubro de 1986.

JCP

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