Responsáveis católicos sublinham necessidade de passar à ação
Lisboa, 03 set 2015 (Ecclesia) – A Igreja Católica em Portugal está à procura de espaços de acolhimento dos refugiados que estão a chegar à Europa, assumindo a necessidade de passar à ação perante esta situação.
O bispo de Beja, D. António Vitalino Dantas, referiu à Renascença que entre os possíveis locais para receber refugiados estão “antigos conventos que hoje são monumentos nacionais” ou estão desabitados.
“Fazendo um esforço de recuperação podemos, pelo menos, a nível de habitação, oferecer logo alguma qualidade de vida", revelou o vogal da Comissão Episcopal da Pastoral Social Mobilidade Humana.
D. António Vitalino Dantas assumiu ser preciso preparar as comunidades locais para receber bem estas pessoas e as "ajudar nesse princípio difícil": na aprendizagem da língua e na inserção no mundo social e laboral.
“É sempre uma situação difícil, mas é possível acolher muito mais gente, até porque temos um interior muito desertificado. Portanto, Portugal tem lugar para muitos”, acrescenta.
Já o bispo de Viseu recordou as instituições que podem ajudar o poder político a dar resposta a estes problemas.
"Temos também condições para poder receber refugiados: temos 12 misericórdias, 103 instituições sociais, centros sociais paroquiais, uns com condições de lar, abriremos as nossas instituições ao apoio", avançou D. Ilídio Leandro.
D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga, fala num “drama” humano para o qual já não chegam discursos.
"Perante tudo isto, já não bastam discursos, nem continuarmos somente em reuniões e encontros. Creio que é chegada a hora da ação, é urgente interrogarmo-nos sobre o porquê deste êxodo", defendeu o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana.
RR/OC