Repto saído de um encontro de líderes religiosos em Bruxelas
Bruxelas, 17 jun 2015 (Ecclesia) – O presidente da Comissão dos Episcopados da Comunidade Europeia (COMECE) destacou, esta terça-feira em Bruxelas, o contributo que a Igreja Católica pode dar para a coesão do tecido social europeu.
Num encontro de líderes religiosos promovido pela Comissão Europeia, o cardeal Reinhard Marx reconheceu que o Velho Continente “encontra-se hoje numa situação muito precária”, devido a desafios como a desigualdade económica, o choque entre as múltiplas culturas que chegaram à região e o advento do fundamentalismo religioso.
“Espreitando por baixo de um manto de alienação e exclusão, percebemos que muitas destas pessoas olham para o mundo moderno como uma ameaça”, frisou o arcebispo de Munique, considerando que “a mensagem religiosa pode ajudar essas pessoas a viverem a sua liberdade com responsabilidade e a respeitarem a diversidade”.
Estas reuniões em Bruxelas começaram em 2005 como forma de estimular o “diálogo aberto e transparente” entre as diversas Igrejas e comunidades religiosas da Europa, mas foram reforçadas nos seus objetivos depois dos atentados de Paris e Copenhaga, no início deste ano.
Sobre a vaga migratória que tem acorrido ao território, o cardeal Reinhard Marx sublinhou o papel que a Igreja Católica pode desempenhar na união de pessoas dos mais variados contextos culturais e religiosos.
“A Igreja Católica ainda é um veículo fundamental de envolvimento das pessoas na sociedade civil”, salientou.
O encontro na sede da Comissão Europeia em Bruxelas, na Bélgica, teve como anfitriões o primeiro vice-presidente da CE, Frans Timmermans, e o vice-presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani.
JCP