Responsáveis católicos querem alargar atenção a «escravidão» contemporânea
Cidade do Vaticano, 29 abr 2015 (Ecclesia) – O Vaticano e a Cáritas Internacional lançaram hoje um documento conjunto que apela a um “reforço” da ação dos católicos no combate ao tráfico de pessoas.
“O tráfico humano é uma forma moderna de escravidão. Isso implicara controlar uma pessoa através da força, da fraude ou da coação com o propósito de submete-los a trabalhos forçados e exploração sexual”, refere a declaração.
A campanha inclui um vídeo de dois minutos produzido pela ‘Caritas internationalis’ com o apoio da Embaixada dos Estados Unidos junto da Santa Sé.
“Talvez fosse melhor não falar mais de tráfico mas diretamente de ‘escravidão moderna’ para evitar ambiguidades, desconfianças e equívocos”, explica Michelle Hough, do departamento de comunicação da confederação internacional da Cáritas.
O vídeo concluiu o encontro que teve lugar hoje no Conselho Pontifício para os Leigos, organizado para apresentar e promover ‘O compromisso cristão contra o tráfico’», da ‘Caritas Internationalis’ e do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes.
A iniciativa recorda que há 21 milhões de pessoas que são vítimas de tráfico e conta com o apoio da COATNET – Organizações Cristãs contra o Tráfico de Seres Humanos.
“Quando uma pessoa é vítima de tráfico torna-se muito difícil e frequentemente perigoso evitar aquela situação. Quando os sobreviventes do tráfico decidem fugir deparam-se inevitavelmente com muitíssimas dificuldades”, assinala a declaração conjunta.
A Santa Sé e a Cáritas recordam que o tráfico “viola a dignidade da pessoa” e é “um crime” que deve ser combatido nos países de origem e nos países de destino.
O documento, enviado à Agência ECCLESIA, condena um “negócio internacional” que cresce de forma rápida e é “altamente lucrativo”.
Os membros da COATNET partilham experiências através da internet e oferecem “assistência técnica” nalguns casos.
OC