Vida Consagrada: «Barómetro» mensal vai ajudar a adequar projetos às necessidades da sociedade

Projeto preparado em parceria com «uma equipa de topo em estudos de mercado»

Lisboa, 02 dez 2014 (Ecclesia) – Os Institutos Religiosos de Portugal querem fazer do Ano da Vida Consagrada uma oportunidade para atualizarem carismas e revitalizarem o modo como estão presentes no meio da sociedade.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, o presidente da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP) explicou que está a ser preparada a realização de um “barómetro” mensal junto das pessoas.

Um conjunto de “entrevistas” que, segundo o padre Artur Teixeira, terão como objetivo ajudar a perceber “que perspetiva é que a sociedade tem acerca da Igreja Católica no seu todo, e em particular da vida consagrada”, o que é que espera dela.

“Vamos querer aprender e escutar o que têm para nos dizer. Quanto melhor nos conhecermos a nós próprios, as pessoas, o mundo em que vivemos, certamente também estaremos um pouco mais terra a terra para também aí intervir, lado a lado com outras pessoas que nos ensinam muito e com as quais poderemos aprender”, frisa o sacerdote.

Promovido com o apoio de “uma equipa de topo em estudos de mercado”, este barómetro vai permitir depois que os diversos institutos religiosos adequem os seus projetos aos desafios e às necessidades atuais da sociedade.

“Também nós, os responsáveis dos diversos institutos, queremos aprender, aproximar, ver se é necessário provavelmente mudar alguma coisa na nossa gramática ou no nosso relacionamento com este mundo que amamos, onde vivemos e queremos sempre levar para o coração de Deus”, sublinha o padre Artur Teixeira.

Esta procura de uma presença mais efetiva ao mundo de hoje vai levar a Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal a promover periodicamente algumas iniciativas de “aproximação ao mundo”.

O presidente da CIRP revela que, entre outras áreas, os consagrados vão privilegiar a presença junto do “mundo juvenil”, por exemplo “em festivais de verão”, e do “mundo laboral”, em especial onde o trabalho é “mais precário”.

“Nesta partilha com o mundo com que estamos a lidar, a quem nos estamos a doar, queremos aprender mas também partilhar o essencial do nosso viver”, sustenta o superior provincial dos Missionários do Coração de Maria (Claretianos).

Em causa está perceber que âmbitos de consagração – pobreza, castidade ou obediência por exemplo – é que precisam ser revistos ou reformulados.

“Aos âmbitos da nossa consagração, importa-nos não dá-los como adquiridos, vivê-los automaticamente como se tudo aconteça, mas fazer uma atualização para percebermos o que esses dinamismos precisam da nossa parte de caminho”, conclui o padre Artur Teixeira.

O Ano da Vida Consagrada prolonga-se até 2 de fevereiro de 2016, festa litúrgica da Apresentação de Jesus, dia tradicionalmente dedicado aos religiosos e religiosas de todo o mundo.  

PR/JCP

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Agência ECCLESIA

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