CNE esclarece alegadas situações de abuso sexual de menores, por parte de um dirigente
Fátima, Santarém, 13 nov 2014 (Ecclesia) – D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) manifestou hoje em Fátima a sua “inteira confiança” no Corpo Nacional de Escutas (CNE).
Após notícias veiculadas acerca de alegadas situações de abuso sexual de menores, por parte de um dirigente do CNE, o presidente da CEP disse em conferência de imprensa que “se há movimento juvenil em Portugal em que o acompanhamento é uma realidade, em que a verificação é cada vez mais atenta, esse é o Escutismo”.
“Isso posso garantir-vos”, reforçou.
O patriarca de Lisboa citou um comunicado da Junta Central do CNE para afirmar que “desde o primeiro momento em que houve conhecimento” do alegado caso, existiu “uma colaboração total” com as autoridades de investigação.
“Esse é o nosso único propósito. Quando essas situações, infelizmente, ocorrerem, temos de dar-lhes resposta imediata e a mais capaz possível”, precisou.
Neste contexto, o patriarca de Lisboa reafirmou a sua “inteira confiança na Junta Central do Corpo Nacional de Escutas e nos seus dirigentes em geral”.
D. Manuel Clemente assinalou que ninguém quer “fechar os olhos” perante situações como estas e recordou o investimento no “acompanhamento e prevenção” de casos, porque ninguém “está incólume a fraquezas”.
“Tenham confiança no Corpo Nacional de Escutas, porque é uma realidade com que a sociedade portuguesa pode contar inteiramente”, concluiu.
A Junta Central do CNE, em comunicado de Imprensa enviado à Agência ECCLESIA, manifesta a sua “solidariedade para com as eventuais vítimas e respetivas famílias” e lamenta que tais factos possam ter ocorrido, “os quais são absolutamente incompatíveis com os valores que defende”.
Os responsáveis precisam que “no próprio dia em que teve conhecimento da detenção do suspeito”, a chefia do Corpo Nacional de Escutas entrou em contacto com a Polícia Judiciária, expressando “total disponibilidade” para colaborar com as autoridades competentes.
A nota de imprensa explica que, na sequência desse contacto, “a Polícia Judiciária proibiu de forma perentória a emissão de qualquer tipo de declaração ou informação sobre este assunto, alegando que seriam as próprias autoridades a estabelecer contactos com terceiros, fossem eles vítimas, famílias, comunicação social ou outros”.
“O movimento escutista assenta numa relação de confiança entre os responsáveis adultos e os pais das crianças e jovens que nos são confiados. Queremos pois reiterar que o CNE não pactuará com situações que vão contra esta premissa, e que faremos todo o possível por evitar a quebra desta confiança que temos com todos os pais e encarregados de educação dos nossos associados”, conclui o comunicado.
OC