Vila Real, 13 nov 2014 (Ecclesia) – O reitor do seminário da Diocese de Vila Real, em contexto da semana dos seminários, assinala que nesta Igreja “escasseiam as vocações ao sacerdócio ministerial e à vida consagrada” e pede o envolvimento de toda a comunidade cristã.
“Toda a comunidade diocesana deve empenhar-se na pastoral das vocações e desenvolver uma cultura vocacional, semeando e promovendo o evangelho da vocação. Implicar-se neste campo da pastoral vocacional é sinal de amor à Igreja e de preocupação pelo seu futuro”, destaca o padre António Canavarro.
O sacerdote explica que por “comunidade diocesana” entende desde os ambientes familiares, passando pelos grupos de catequese, grupos de jovens, movimentos de apostolado e associações de vida cristã, até aos ambientes escolares.
Neste sentido, o reitor do seminário da Diocese de Vila Real sugere que seria interessante “implementar” nas paróquias ‘Grupos Paroquiais das Vocações’ e “fomentar” momentos específicos de oração pelas vocações, afinal, estas “são as primeiras a beneficiarem dos bons pastores”.
“Todos – sacerdotes, consagrados e fiéis, catequistas e professores de Religião e Moral Católica – deveríamos ter a audácia do testemunho e a coragem de falar aos adolescentes e jovens da vocação sacerdotal”, apela na mensagem publicada no sítio online da diocese.
A Igreja portuguesa vive a Semana dos Seminários, até ao dia 16 de novembro, com o lema “Servidores da alegria do Evangelho” e com um objetivo “bem definido”.
“Suscitar vocações sacerdotais mediante a sensibilização dos cristãos, em geral, e das paróquias e comunidades cristãs, em particular, para a falta de vocações”, desenvolve o padre António Canavarro.
O Seminário “não é somente um edifício”, um centro de formação integral dos candidatos ao sacerdócio mas “é uma realidade” que se estende por toda a diocese e na qual todos os cristãos “se devem sentir comprometidos”.
O reitor do seminário de Vila Real, que alertou para a escassez de vocações na diocese, contabilizou o número de candidatos ao sacerdócio e informou que são 16 adolescentes no Seminário Menor e 13 no Seminário Maior.
Destes 13 seminaristas maiores, 10 estão no Seminário Maior do Porto, frequentando também a Faculdade de Teologia da Universidade Católica, e três, onde se contam dois diáconos, “estão a estagiar em paróquias”.
Segundo o responsável de formação, a “alegria” é o sinal “mais eloquente” da passagem do Evangelho pela vida das pessoas e o testemunho “mais convincente” daqueles que são chamados a serem servidores da alegria do Evangelho.
Por isso, o padre António Canavarro assinala que o Seminário “é e está chamado a ser”, sempre e cada vez mais, “escola de serviço, comunhão e alegria”.
Aos sacerdotes da diocese, o reitor enviou também uma carta, com oito itens onde pediu que realizassem algumas iniciativas como “aproveitar o espaço da catequese paroquial” para falar às crianças e adolescentes sobre a vocação sacerdotal, sobre o chamamento de Deus e apresentar alguns exemplos de vocacionados.
Pediu também que os párocos observassem as "vocações adultas" e interpelassem “direta e pessoalmente” os jovens no sentido da vocação sacerdotal.
Através dos padres é pedido aos diocesanos que rezem pelos seminários “não só nesta semana” mas também ao longo do ano, procurando criar e desenvolver uma "cadeira de oração pelas vocações sacerdotais”.
CB
