Vaticano: Papa critica defensores da «uniformidade» na Igreja e lembra cristãos perseguidos

Francisco recebeu membros de associação carismática mundial

Cidade do Vaticano, 31 out 2014 (Ecclesia) – O Papa Francisco criticou hoje no Vaticano os defensores da “uniformidade” na Igreja Católica e recordou os cristãos perseguidos por causa da sua fé, em todo o mundo.

“A uniformidade não é católica, não é cristã”, observou, durante um discurso aos membros da associação carismática mundial ‘Catholic Fraternity’, sublinhando que “a unidade não é uniformidade, não é fazer obrigatoriamente tudo juntos bem pensar do mesmo modo ou muito menos perder a identidade”.

Nesse sentido, precisou que a unidade passa por “saber escutar, aceitar as diferenças, de ter a liberdade de pensar de maneira diferente e manifestá-lo”.

“Não tenhais medo das diferenças”, acrescentou o Papa.

Francisco convidou à oração, a um “grito” a Deus pelos cristãos “perseguidos e assassinados” e pela paz no mundo.

“É preciso fazer isto e não esquecer que o sangue de Jesus, derramado por muitos dos seus mártires cristãos em várias partes do mundo, interpela-nos e empurra-nos para a unidade: para os perseguidores, não estamos divididos, não somos luteranos, ortodoxos, evangélicos, católica”, observou.

A intervenção recordou a “necessidade do Espírito Santo” na vida de cada cristão, por causa da sua “ação santificante”.

O Papa convidou os membros do movimento carismático a partilharem a sua experiência, em particular no que diz respeito à oração de louvor que “dá vida, porque é intimidade com Deus”.

“Ninguém pode viver sem respirar e o mesmo acontece com o cristão: sem o louvor e sem a missão, não se vive como cristão”, assinalou.

OC

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Agência ECCLESIA

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