Porto: Bispo desafia Igreja a «mobilizar» sociedade para superar crise

D. António Francisco dos Santos quer que comunidades católicas sejam «sinal de esperança»

Porto, 08 set 2014 (Ecclesia) – O bispo do Porto afirmou este domingo que a Igreja Católica deve “mobilizar” a sociedade para superar a atual crise e ser um “sinal de esperança”.

“Sabemos que a hora que vivemos, marcada por circunstâncias e acontecimentos que toldam o horizonte de esperança do mundo contemporâneo, exigem da Igreja que saiba inspirar critérios de ética, de responsabilidade e de fé no coração das pessoas e consiga mobilizar famílias, grupos, movimentos apostólicos e comunidades para construirmos um mundo melhor”, disse D. António Francisco dos Santos, na homilia da Missa a que presidiu, por ocasião da festa de Santa Clara do Bonfim.

Segundo este responsável há muitos campos a “exigir e a merecer esta presença atuante e esta ação interventiva da Igreja”.

“Nestes campos precisamos de abrir as portas da Cidade aos que nos procuram. Devemos ser casa onde a palavra, o pão e o trabalho se multiplicam e se transformam em alimento de vida, em sinal de esperança e em experiência de fraternidade para todos os nossos contemporâneos”, precisou.

A visita ao local insere-se no itinerário que o bispo está a promover para visitar todas as paróquias da Diocese do Porto.

“Somos uma cidade plena de valores e de projetos e temos consciência de sermos construtores de uma cidadania responsável e solidária, neste chão sagrado e nesta terra de liberdade, onde a fé percorre caminhos tão belos, como aqueles que aqui nos trazem”, declarou o prelado.

D. António Francisco dos Santos manifestou a comunhão das comunidades locais aos “povos em guerra” e aos “cristãos perseguidos”.

“O que se passa no Iraque e na Síria, o que se vive na Nigéria e na Índia, o que acontece na Ucrânia não dizem bem de ninguém. Israel e a Palestina são terra onde Jesus nasceu, viveu e anunciou o Evangelho”, sublinhou.

Segundo o bispo do Porto, é necessário que “se levante a voz unânime da Humanidade a clamar por justiça em nome dos que sofrem a violência da guerra”.

“É necessário que os responsáveis pelo governo das nações se decidam de uma vez por todas a promover a paz no Mundo”, prosseguiu.

OC

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