Lisboa, 20 ago 2014 (Ecclesia) – A Comunidade Ecuménica de Taizé, na França, assinalou os nove anos da morte do fundador, o irmão Roger, e o seu contributo para a paz.
“Semana após semana, é uma alegria podermos ser tão numerosos na colina e cantar a Deus na oração comunitária. A unidade que nos é permitido viver é uma imagem do que ansiamos para toda a humanidade”, explica a Comunidade Ecuménica de Taizé, que nos meses de verão acolhe, normalmente, quatro mil jovens por semana.
Às guerras e conflitos atuais, como na Ucrânia, na Faixa de Gaza ou no Iraque, os monges relembram que “não” existe uma “condenação à passividade” mas todos podem “preparar a paz”, em pequenos grupos e começar pelos locais onde cada um reside.
“A eficácia durável não parte de uma ação espetacular mas de uma paz que recebemos de Cristo e que irradia em primeiro lugar junto das pessoas que nos rodeiam”, escrevem.
Como exemplo, apontam o próprio irmão Roger, que fundou a comunidade ecuménica em Taizé (França), com 25 anos, no início da II Guerra Mundial, porque considerava que “os cristãos tinham uma responsabilidade particular para com a paz”.
No sábado, dia 16 de agosto, assinalaram-se nove anos da data em que o fundador desta comunidade de monges em França, o irmão Roger, “sofreu uma morte violenta” na igreja da Reconciliação.
“O irmão Roger gostava de convidar à alegria mais próxima da paz, a paz que conhecemos quando estamos interiormente unidos e não divididos, separados”, recordam.
Em 2015, a Comunidade celebra os 75 anos da sua fundação e preparou um programa que evoca o irmão Roger com encontros, colóquios internacionais e fraternidades provisórias.
Nesse âmbito de celebração a Comunidade promove uma «semana de reflexão sobre a atualidade da vocação religiosa», de 5 a 12 de julho de 2015, com a participação de responsáveis de congregações, comunidades e mosteiros, católicos, ortodoxos e protestantes.
Depois, de 9 a 16 de agosto, o «Encontro por uma nova solidariedade», que consideram ser o “ponto culminante” das celebrações que vão acontecer em 2015 e que reflete um percurso de três anos dedicados a esta temática.
O pensamento do irmão Roger, no centenário do seu nascimento e nos 10 anos do seu falecimento, também vão ser assinalados com um colóquio internacional, de 30 de agosto a 06 de setembro de 2015.
Já se encontram abertas as inscrições para as diversas atividades sendo necessário mencionar em qual dos encontros deseja participar e os diferentes programas detalhados serão apresentado na primavera de 2015.
Nos primeiros seis meses de 2015, a Comunidade quer também promover “pequenas fraternidades provisórias” de jovens “no coração de um bairro ou de uma aldeia”; Portugal, mais concretamente a Paróquia da Vitória, na Diocese do Porto, já recebeu três jovens durante um mês.
A Comunidade de Taizé revela que continuam a receber pedidos de jovens que querem ser irmãos e, no dia da solenidade litúrgica da Assunção de Maria, a 15 de agosto, acolheram um jovem da Guatemala.
Atualmente a fraternidade é constituída por uma centena de irmãos, católicos e de diversas confissões protestantes, oriundos de cerca de trinta países.
CB/OC
