Braga, 07 jul 2014 (Ecclesia) – D. Jorge Ortiga solicitou às comunidades cristãs e aos familiares de idosos e doentes atos de atenção e dedicação, este domingo na Peregrinação dos Frágeis, na cripta do Santuário do Sameiro.
“Os frágeis não são uma fatalidade, não são uma inutilidade na Igreja, mas são uma riqueza, até porque poderão por em questão a capacidade de amar das pessoas com quem vivem e também da comunidade”, disse D. Jorge Ortiga na peregrinação organizada anualmente pela Zona Pastoral da Cidade de Braga.
O arcebispo, aos familiares das pessoas fragilizadas, pediu que “procurem ser muito concretas no amor, na solicitude e na dedicação e na atenção aos idosos e doentes” e que “evitem entregá-las a um lar ou a um asilo”.
As comunidades paroquiais da Arquidiocese de Braga foram também desafiadas a terem uma “predileção muito particular” pelos mais débeis ou abandonados, “procurando acompanhar e dar apoio numa experiência de ‘verdadeiro amor de Deus’”, revela o site da arquidiocese.
O também presidente da comissão episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana destacou a importância das pessoas marcadas pela fragilidade terem “companhia no momento de solidão, a ser lenitivo na altura da dor”, por isso, pediu que as comunidades cristãs façam uma lista das pessoas nestas situações para que sejam visitadas e reconfortadas através “de uma palavra amiga e fraterna”.
Esta peregrinação realiza-se com o apoio de dezenas de voluntários de “todo o arciprestado de Braga, de profissionais de saúde – médicos e enfermeiros- e de instituições de solidariedade social”, como a Delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa que transportou muitas pessoas debilitadas, em cadeira de rodas e em macas.
O padre Jorge Vilaça, assistente diocesano da Pastoral da Saúde, recordou que esta celebração nasceu depois de uma ação de formação de voluntários no acompanhamento de doentes.
A Peregrinação dos Frágeis de 2015 vai começar a ser preparada e Rosário Cerqueira, responsável pela organização do voluntariado, revela como data “mais certa” o dia 27 de setembro para que mais voluntários possam ajudar: “Nesta altura a maior parte dos alunos estão em exames e não podem vir”, explicou.
D. Jorge Ortiga, à margem da celebração, observou que “mais ano menos ano, esta peregrinação terá uma experiência a nível diocesano”, algo que vê com “muito interesse para mostrar uma solicitude que a Igreja tem pelos mais débeis, pelos mais fracos”.
CB/OC