Lisboa, 02 jul 2014 (Ecclesia) – O arcebispo caldeu de Arbil, D. Bashar Warda, defendeu criação de um centro de refugiados no Iraque para acolher “um enorme afluxo de pessoas” que fogem das ações dos jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
"Não vai ser o caso de pessoas que querem ficar apenas um dia. Isto vai durar um ano ou até ano e meio, eles não podem viver em tendas, especialmente tendo em conta que muitos destes refugiados serão idosos e mulheres com crianças", considerou D. Bashar Warda, em declarações difundidas pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).
O prelado defendeu a necessidade de se construir um centro de acolhimento para as “dezenas de milhares de pessoas – muitos deles cristãos – que fogem do ISIS”.
Antecipando a conquista de Mossul pelo ISIS registou-se “uma fuga maciça de mais de meio milhão de pessoas desta importante cidade iraquiana”, recorda a AIS que disponibilizou, de imediato, uma “ajuda de emergência” de 100 mil euros.
Os 100 mil euros têm como destino a aquisição de tendas de campanha, alimentos, roupa e medicamentos para apoiar as famílias cristãs que estão a ser ajudadas por D. Amena Nona, arcebispo católico caldeu de Mossul, que atualmente se encontra em Tal Kayf, a coordenar as operações de socorro.
A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre relembra que ainda estão desaparecidas duas religiosas caldeias, da Congregação das Filhas de Maria Imaculada, e três jovens cristãos.
Os jihadistas pretendem a criação de um “califado” que une territórios entre a Síria e o Iraque.
AIS/CB/OC