Caso será exposto em Genebra durante a reunião do Conselho das Nações Unidas responsável pelo setor
Bruxelas, Bélgica, 18 2014 (Ecclesia) – A CIDSE, rede internacional de agências católicas de desenvolvimento, diz que é preciso criar mecanismos que “responsabilizem as corporações multinacionais” em casos de “violação de direitos humanos”.
Num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, o secretário-geral daquela organização, Bernd Nilles, sublinha que “nos últimos anos, têm-se sucedido os exemplos de atividades económicas que resultaram em violações contra o direito ao trabalho, à terra, à subsistência, à saúde e ao ambiente sustentável”.
Este responsável apela aos países e governos representados no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas para que “cheguem a acordo para o desenvolvimento de um tratado que proteja efetivamente populações e defensores de direitos humanos, que têm visto a sua situação deteriorar-se cada vez mais”.
Para reforçar esta necessidade, a CIDSE assinou uma petição juntamente com mais de 500 organizações da sociedade civil, que será levada a Genebra, onde até dia 26 de junho está a decorrer a 26.ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.
Para além de marcar presença neste encontro, o organismo católico está a preparar “um evento adicional para chamar a atenção para as violações de direitos humanos ligadas à extração de minérios na América Latina, na Ásia e em África”.
Esta iniciativa está inserida numa “semana global de mobilização”, entre 23 e 27 de junho.
No âmbito destes projetos, a CIDSE vai acompanhar “uma comitiva de bispos europeus em visita à Guatemala”, para ir ao encontro de “comunidades indígenas que lutam por justiça, dignidade e pela sua terra”.
Os prelados vão ter oportunidade de estar em La Puya, que há mais de dois anos é palco da resistência pacífica das populações contra a atividade das empresas mineiras estrangeiras no país.
JCP